O governo do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ampliou as regras de segurança do país nesta terça-feira (1º)| Foto: EFE/Naama Grynbaum
Ouça este conteúdo

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, pediu nesta terça-feira (1º) aos cidadãos que obedeçam "estritamente” às diretrizes de segurança impostas na região central do país, pouco depois de fontes do governo americano alertarem que o Irã pode estar preparando um iminente ataque com mísseis balísticos.

CARREGANDO :)

Sem fazer referência à possível ameaça, Netanyahu lembrou que o país está passando por um momento de “grandes conquistas”, mas também de “grandes desafios”, e pediu aos israelenses que façam duas coisas.

“Uma: obedecer rigorosamente às diretrizes do comando da linha de frente, pois isso salva vidas. E a segunda: permanecerem unidos. Permaneceremos firmemente juntos nos dias de teste que virão”, acrescentou o premiê em mensagem de vídeo.

Publicidade

Um funcionário de alto escalão do governo dos EUA alertou nesta terça-feira que o Irã está preparando um ataque iminente com mísseis balísticos contra Israel, de acordo com relatos da imprensa americana.

“Os EUA estão apoiando os preparativos de defesa” para esse ataque iminente, disse a fonte. O funcionário da Casa Branca também advertiu o Irã sobre “graves consequências” se o país decidir atacar.

Nesta tarde, as Forças de Defesa de Israel (FDI) também limitaram as reuniões ao ar livre no centro do país a um máximo de 30 pessoas e em espaços fechados a 300, depois que um foguete disparado pelo Hezbollah atingiu uma estrada perto de Tel Aviv sem causar mortes.

No norte do país, foco do fogo cruzado entre as forças israelenses e o Hezbollah, as restrições já existentes continuam em vigor, limitando as reuniões ao ar livre a dez pessoas e a 150 em ambientes fechados.

O porta-voz do Exército israelense, Daniel Hagari, disse que Tel Aviv está em “alerta máximo” logo após chegarem as informações dos EUA sobre um “ataque iminente” do Irã contra o território.

Publicidade

Um ataque com mísseis complicaria a interceptação por parte das defesas aéreas israelenses, já que os projéteis seguem uma trajetória balística após atingirem grandes alturas, chegando algumas vezes às camadas mais externas da atmosfera.

Segundo disse uma fonte do governo americano à emissora CNN, os EUA esperam que a nova ação de Teerã tenha escala e objetivos semelhantes aos do ataque com centenas de drones e mísseis de 13 de abril.

Na noite desta segunda-feira, quando Israel iniciou uma incursão no sul do Líbano, os EUA ainda não tinham detectado movimento de equipamento militar no Irã, embora fontes americanas tenham alertado para a capacidade do país persa de se mobilizar rapidamente, como destacou a emissora NBC.

Este seria o primeiro ataque do Irã contra Israel desde abril, quando Teerã atacou duas bases aéreas israelenses no Negev com mísseis e drones e atingiu partes das Colinas de Golã. Naquela ocasião, a maioria dos projéteis lançados pelo Irã foram interceptados por Israel, pelos EUA ou pelos países árabes sobre os quais voaram.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
Publicidade