O governo de Israel afirmou nesta sexta-feira (1º) que 137 reféns permanecem na Faixa de Gaza e 110 foram libertos durante a trégua de sete dias com o grupo terrorista palestino Hamas, interrompida nesta madrugada.
Entre os prisioneiros ainda mantidos pelo Hamas e outros grupos armados dentro do território estão 115 homens, 20 mulheres e duas crianças, de acordo com atualizações do gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Desses, dez são idosos com mais de 75 anos de idade.
Após o rompimento da trégua, um porta-voz do gabinete disse que "o Hamas receberá agora o maior de todos os golpes" e culpou o grupo pela retomada das hostilidades na Faixa de Gaza, depois que se recusou a libertar mais reféns.
"Infelizmente, o Hamas decidiu encerrar a pausa ao não libertar todas as mulheres sequestradas. Tendo decidido manter nossas mulheres, eles agora receberão a mãe de todos os golpes", disse o porta-voz Eylon Levy.
As duas crianças que continuam sequestradas são os irmãos Ariel, de quatro anos, e Kfir Bibas, com dez meses, respectivamente, juntamente com seus pais, Shiri Silverman Bibas - de origem argentina - e seu marido Yarden Bibas.
Dois dias atrás, o Hamas divulgou uma declaração dizendo que Shiri e seus dois filhos haviam sido mortos em bombardeios israelenses, embora as Forças de Defesa de Israel (FDI) tenham dito que não conseguiu verificar essa informação.
De acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (1º) pelo governo israelense, entre os reféns que ainda estão na Faixa de Gaza há 126 israelenses e 11 estrangeiros: oito da Tailândia, um do Nepal, um da Tanzânia e um com cidadania franco-mexicana.
Desde o início da guerra, foram libertados 110 reféns, 86 israelenses e 24 estrangeiros, a maioria deles desde o dia 24 de novembro, quando entrou em vigor a primeira trégua para a troca de reféns por prisioneiros palestinos.
Além disso, pelo menos dois reféns - uma soldado e uma idosa - morreram em cativeiro e Israel recuperou seus corpos, embora haja relatos não confirmados de que mais reféns possam estar mortos.
De acordo com dados israelenses, sete pessoas ainda estão classificadas como desaparecidas após o ataque do Hamas em 7 de outubro, que deixou mais de 1.200 mortos e 240 sequestrados.
Como parte do acordo de trégua expirada, Israel libertou 240 prisioneiros palestinos nos últimos sete dias, 71 mulheres e 169 adolescentes, todos acusados de terrorismo. (Com Agência EFE)