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Israel está estudando a possibilidade de proibir de forma permanente o tráfego de palestinos pelas principais estradas da Cisjordânia ocupada, disseram fontes de segurança nesta quarta-feira. Os palestinos consideraram que a idéia equivale a uma forma de apartheid.

Israel proibiu na segunda-feira os veículos palestinos de circularem por várias rodovias da Cisjordânia, ampliando a rede de estradas destinadas exclusivamente aos colonos, um dia depois de extremistas palestinos matarem em uma estrada três jovens colonos judeus.

O Exército disse que as novas restrições são uma forma temporária de proteger os israelenses de novos ataques no território, que, segundo muitos analistas, deve se tornar cenário de intensa violência após a desocupação israelense da Faixa de Gaza, em setembro.

Mas há planos para que algumas estradas sejam destinadas permanentemente a palestinos ou israelenses.

- O Exército está discutindo a implementação de tal plano - disse uma importante fonte de segurança.

O jornal israelense "Maariv" disse que se trata de parte de um projeto mais amplo de no longo prazo separar a população judia da palestina.

A Rádio Israel afirmou que os comandantes militares discutiriam nesta quarta-feira as restrições ao uso das estradas na Cisjordânia.

Por causa disso, os palestinos são obrigados a usarem estradas mal-conservadas da região. Eles consideram isso como parte da estratégia do primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, para consolidar o domínio sobre a Cisjordânia, depois de retirar 8.500 colonos da Faixa de Gaza.

O presidente palestino, Mahmoud Abbas, que visitará a Casa Branca na quinta-feira, deve pressionar pelo fim da ampliação dos assentamentos na Cisjordânia, onde 245 mil judeus vivem em meio a 2,4 milhões de palestinos. Os palestinos reivindicam a Faixa de Gaza, a Cisjordânia e Jerusalém Oriental para o seu eventual Estado.

- Se eles levarem adiante as (restrições rodoviárias), será a introdução oficial do sistema de apartheid - disse o negociador-chefe palestino, Saeb Erekat. - Este esquema destruiria qualquer esforço pela retomada de um processo de paz significativo - acrescentou.

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