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Chanceler de Macron defende embargo de armas a Israel: “Força deve ceder ao diálogo”
O Ministro das Relações Exteriores francês, Jean-Noel Barrot| Foto: EFE/EPA/WAEL HAMZEH

O ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Noel Barrot, defendeu em uma coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (7) após se encontrar com seu homólogo israelense, Israel Katz, em Jerusalém, a sugestão do presidente Emmanuel Macron por um embargo de armas a Israel, destacando que essa medida visa garantir a “segurança do país e de seus cidadãos”.

“Hoje, para garantir a segurança de Israel, para garantir a segurança dos israelenses, o uso da força deve ceder ao uso do diálogo e da diplomacia”, disse Barrot.

O chanceler do governo de Macron também enfatizou seu pedido por um cessar-fogo em Gaza, onde Israel segue combatendo o grupo terrorista Hamas.

“[...] A França, como a maioria dos países do mundo, está pedindo, em Gaza assim como no Líbano, um cessar-fogo. E quando pedimos um cessar-fogo, não podemos ao mesmo tempo fornecer armas ofensivas aos beligerantes. É uma questão de consistência”, afirmou.

A fala de Barrot, dentro do território israelense, ocorre após Macron afirmar no sábado (5) que não se pode “combater o terrorismo sacrificando a população civil” de Gaza e sugerir o embargo de armas a Israel. Em uma entrevista concedida à rádio France Inter, o presidente francês comentou: “Penso que, hoje, a prioridade é que voltemos a uma solução política, que deixemos de enviar armas [a Israel] para realizar os combates em Gaza”.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, criticou no mesmo dia Macron por suas declarações, afirmando que Israel “vencerá com ou sem o seu apoio”.

Em suas observações, Netanyahu expressou indignação em relação à posição do presidente francês e de outros países ocidentais que compartilham dessa visão. O líder israelense argumentou que o Irã e seus aliados, como o grupo terrorista Hezbollah e outros grupos no Iraque e no Iêmen, não pedem embargos de armas para si e que “enquanto Israel luta contra as barbáries lideradas pelo Irã, os países civilizados deveriam posicionar-se ao seu lado”.

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