Israel realizou nesta quinta-feira (26) um ataque aéreo estratégico no sul de Beirute, capital do Líbano, que resultou na morte de Muhammad Hussein Sarour, identificado como comandante da unidade de drones do Hezbollah, grupo terrorista que atua no país sob apoio do Irã.
Conforme Israel, Sarour era o principal arquiteto das ofensivas aéreas dos terroristas do Hezbollah, que utilizam drones e mísseis para atacar o norte de Israel. Segundo o Exército, Sarour coordenou "numerosos ataques terroristas aéreos” contra o país.
O bombardeio realizado nesta quinta-feira parte de uma série de ataques que Israel vem realizando contra o sul do Líbano desde outubro de 2023, quando o Hezbollah começou a atacar o norte de Israel em “retaliação” pela guerra em Gaza, iniciada pelos terroristas do Hamas. Este foi o quarto bombardeio realizado no sul de Beirute em menos de sete dias e o sexto desde o início da escalada militar entre Israel e Hezbollah. Segundo o Ministério da Saúde Pública do Líbano, este ataque deixou ao menos dois mortos e 15 feridos.
Segundo Israel, os ataques contra o Líbano têm sido focados em áreas estratégicas onde o Hezbollah esconde armamentos e munições em infraestrutura civil, o que, segundo Israel, justifica a intensidade e o direcionamento dos bombardeios. O exército israelense defende que as operações têm como alvo direto apenas os locais de armazenamento de armas do Hezbollah.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, aprovou o ataque aéreo realizado nesta quinta-feira enquanto seguia para Nova York, nos EUA, onde discursará nesta sexta-feira (27) na Assembleia Geral das Nações Unidas. Através de uma foto publicada a bordo de seu avião, o premiê confirmou que estava “a par da operação” e havia autorizado pessoalmente o ataque contra Sarour.
Ainda nesta quinta-feira, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, reiterou que a ofensiva contra o Hezbollah continuará, afirmando que "ainda há missões a completar", destacando que o objetivo é garantir a segurança de Israel e permitir o retorno dos residentes do norte do país, que foram evacuados devido aos recentes ataques do Hezbollah.