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Oriente Médio

Israel incluirá santuários da Cisjordânia em plano de reformas

Israel anunciou neste domingo (21) que quer incluir dois santuários judaicos na Cisjordânia em um plano nacional para recuperar 150 locais que são patrimônio histórico de judaicos e sionistas, causando críticas de palestinos.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse, por meio de comunicado, que a Tumba de Raquel, perto da cidade de Belém, e a Tumba dos Patriarcas, um local sagrado para muçulmanos e judeus na cidade de Hebron, fariam parte do plano.

Ele fez o anúncio durante um encontro especial de gabinete realizado em Tel Hai, uma região histórica no norte de Israel, onde judeus e árabes se enfrentaram em 1920.

A imprensa israelense informou que os dois locais, focos de disputa entre árabes e palestinos, foram incluídos no plano apenas depois de pressão de ministros nacionalistas na coalizão de direita do governo.

O Partido Fatah, do presidente palestino, Mahmoud Abbas, disse em comunicado que a decisão é uma tentativa do governo de Netanyahu de "destruir esforços internacionais que objetivam o retorno das negociações (de paz)", que foram suspensas há um ano.

A Tumba de Raquel, que está localizada entre Jerusalém e Belém e é venerada pelos judeus como o túmulo da matriarca Raquel, e é guardada por soldados israelenses e rodeada por uma cerca.

A segurança israelense também é forte na Tumba dos Patriarcas, em Hebron, onde um colono judaico matou a tiros 29 muçulmanos em 1994, antes de ser espancado até a morte no local. Cerca de 400 colonos judeus vivem em enclaves fortemente vigiados na cidade, que também é lar de 150 mil palestinos.

"Essa violação em particular é especialmente perigosa, porque colocará um componente religioso no conflito, de uma forma que pode trazer perigosas consequências", afirmou Ghassan Khatib, porta-voz do governo palestino em Ramallah.

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