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Oriente Médio

Israel indica que Hamas possui em Gaza 8.000 foguetes e 15.000 combatentes

O movimento islamita palestino Hamas, no poder na Faixa de Gaza, possui cerca de 8.000 foguetes e por volta de 15.000 combatentes, assegurou nesta quarta-feira o chefe do serviço de segurança interna israelense (Shin Beth), Yoram Cohen, diante de uma comissão do Parlamento.

"O Hamas tem em Gaza cerca de 8.000 foguetes com alcances que variam de 4 a 40 quilômetros, e há rumores de que alguns desses foguetes possam atingir a região de Tel Aviv", a cerca de 50 km de Gaza, disse Cohen à comissão de Relações Exteriores e Defesa.

Segundo as Forças Armadas israelenses, desde o início deste ano mais de 310 foguetes foram lançados a partir de Gaza em direção a Israel, país que geralmente responde com fortes ataques aéreos.

"O Hamas possui uma capacidade militar de quase 15.000 militantes armados", assegurou Cohen, acrescentando que os grupos armados em Gaza "se formam em terrorismo, seja com a chegada de especialistas, principalmente iranianos, ou por meio de treinamento no exterior, pelos túneis cavados na fronteira com o Egito".

De acordo com Cohen, o contrabando de armas para Gaza ocorre principalmente com a Líbia, "uma nova porta do inferno", com uma enorme quantidade de lança-mísseis portáteis e de foguetes.

"Israel e Egito enfrentam uma grave situação de segurança no Sinai, a partir de onde grupos terroristas desejam nos atacar, principalmente com o lançamento de foguetes contra Eilat", um balneário israelense no Mar Vermelho, acrescentou o chefe do Shin Beth.

O chefe do Shin Beth mencionou também a prisão de 2.000 suspeitos palestinos no ano passado e que 28 células que planejavam o sequestro de israelenses, quase todas elas ligadas ao Hamas, foram desmanteladas.

Com relação à utilização de vírus de computadores para atacar outros países, Cohen disse que nesta área existe "uma corrida para a capacitação há vários anos, e cada Estado tenta alcançar sua própria capacidade neste domínio".

Cohen revelou que o governo israelense havia encarregado em 2004 o Shin Beth da tarefa de garantir a segurança das principais infraestruturas nacionais, como a rede de abastecimento de água ou as instituições financeiras.

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