Israel começou a libertação de 26 palestinos no final desta terça-feira, em um gesto que pretende ser o início das negociações de paz na região. Entretanto, ao mesmo tempo, o governo municipal de Jerusalém aprovou a construção de mais 942 unidades habitacionais em Jerusalém Oriental, em um movimento controverso aos assuntos de paz.
A libertação dos palestinos faz parte do acordo administrado pelo secretário de Estado dos EUA, John kerry, que prevê o retorno de palestinos e israelenses à mesa de negociações, interrompidas em 2008. Ao todo, 104 condenados devem ser libertados em quatro etapas, embora essa libertação esteja atrelada ao andamento das negociações de paz.
Na segunda-feira, Israel publicou os nome dos primeiros 26 prisioneiros que estão sendo libertados e os israelenses tinham 48 horas para apresentarem recursos de apelação. Um grupo de famílias israelenses entrou com um processo na justiça.
Mas, nesta terça-feira, os juízes da Suprema Corte rejeitaram o recurso, determinando que precedentes legais permitem que a libertação dos prisioneiros. Contudo, os magistrados disseram que simpatizavam com a dor das famílias.
A Suprema Corte de Israel rejeitou um recurso de apelação feito por famílias de israelenses para suspender a libertação de prisioneiros palestino. Como parte de um acordo para retomar as negociações de paz na região, Israel havia aceitado libertar 104 prisioneiros palestinos.
As negociações entre os dois lados, entretanto, parecem fadadas ao "fracasso" em razão da expansão dos assentamentos israelenses em territórios palestinos, alertou nesta terça-feira uma autoridade sênior palestina, às vésperas da retomada do frágil processo. "A expansão dos assentamentos vai contra as promessas do governo dos EUA e ameaça causar o fracasso das negociações", afirmou Yasser Abed Rabbo.
A porta-voz do Ministério do Interior, Efrat Orbach, confirmou nesta terça-feira a aprovação do projeto de construção de novas unidades habitacionais em Jerusalém Oriental. O projeto já havia recebido aprovação inicial no ano passado, e expande as fronteiras de Gilo na direção de um bairro palestino.
Orbach afirmou, porém, que são necessárias novas aprovações e que pode levar anos até que os trabalhos de construção tenham início. Mas Lior Amihai, do grupo ativista Peace Now, que defende uma solução de dois Estados para a região, disse que o projeto não precisa de mais aprovação e que, teoricamente, os trabalhos poderiam ter início em semanas. Fonte: Associated Press.
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