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Atualizado em 12/07/07, às 17h07

Sete soldados israelenses morreram na manhã desta quarta-feira (horário local) no ataque do movimento radical xiita Hezbollah ao norte de Israel, informaram fontes militares israelenses e a rede de TV Al-Jazeera. Além disso, o Exército confirmou que a milícia libanesa capturou dois de seus soldados perto da fronteira. Em resposta, forças do Estado judeu invadiram o Sul do Líbano em busca de seus militares.

O Hezbollah, que é liderado por Hassan Nasrallah, anunciou que vai usar os militares capturados como moeda de troca por extremistas libaneses e palestinos detidos em Israel, e afirmou que o seqüestro de soldados é um "direito nacional".

- Esta operação vai libertar nossos detidos nas prisões israelenses. Estamos muito orgulhosos - disse Nabiha Baalbaki, que tem uma loja no Sul do Líbano e costuma assistir à emissora de TV do Hezbollah.

Estudo da situação

O chefe de Estado-Maior do Exército, Dan Halutz, está estudando a situação. As forças armadas israelenses responsabilizam o governo libanês pelo confronto.

O Hezbollah disparou foguetes contra o norte de Israel nesta manhã (horário local) e o Exército israelense deu tiros de artilharia contra alvos da organização no Sul do Líbano.

Os libaneses dispararam granadas de morteiro e foguetes Katyusha contra várias localidades no norte de Israel, atingindo as cidades de Zarit, onde provocaram um incêndio, e Shtula.

O Exército israelense mandou os habitantes do oeste da Galiléia se refugiarem em abrigos antiaéreos.

Financiamento ao Hezbollah

O governo da Síria, que é acusado juntamente com o Irã de financiar o Hezbollah, disse que Israel mereceu o ataque e que apóia a exigência do grupo armado de que as tropas do Estado judeu deixem as Fazendas de Shabaa.

O ministro da Defesa de Israel, Amir Peretz, disse nesta quarta-feira que seu país considera o governo libanês diretamente responsável pelo destino de dois soldados israelenses que o grupo guerrilheiro Hezbollah anunciou ter capturado.

"O governo libanês, que permite que o Hezbollah opere livremente contra Israel a partir de seu território soberano, será responsabilizado pelas conseqüências e ramificações (do ataque do outro lado da fronteira)", afirmou Peretz em um comunicado.

"Israel se considera livre para empregar quaisquer meios que julgar adequados, e o Exército foi instruído sobre isso", declarou, parecendo sugerir uma extensa resposta militar ao seqüestro, por parte de Israel.

O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, disse que o ataque na fronteira lançado pelo Hezbollah era um ato de guerra do Líbano. Ele prometeu uma "ampla e dolorosa" resposta militar.

- É um ato de guerra do Estado do Líbano contra o Estado de Israel em seu território soberano. Já estamos respondendo com grande força. O gabinete vai se reunir hoje à noite para decidir sobre uma resposta militar pelas forças de defesa de Israel - afirmou Olmert.

Israel começou a convocar as tropas de reserva nesta quarta-feira, em um sinal de uma possível campanha maior para recuperar os dois soldados seqüestrados, informou o Canal 10 da televisão israelense.

A emissora disse que uma divisão de infantaria de reserva havia sido mobilizada e que se previa que seria enviada à fronteira de Israel com o Líbano.

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