O embaixador de Israel na Organização das Nações Unidas (ONU), Gilad Erdan, expressou nesta sexta-feira (27) o profundo descontentamento de seu país com a aprovação, por ampla maioria, da resolução dos países árabes que pede uma “trégua humanitária imediata” em Gaza.
Erdan declarou em sua fala após a aprovação da resolução que "hoje é um dia que ficará na infâmia", e questionou a legitimidade da ONU, afirmando que a organização “está empenhada em garantir mais atrocidades” do grupo terrorista Hamas ao não reconhecer o “direito de Israel se defender”.
A resolução aprovada pela Assembleia Geral da ONU nesta sexta-feira não menciona explicitamente o direito de autodefesa do Estado judeu, nem mesmo o nome do Hamas.
“Todos nós testemunhamos que a ONU já não detém mais nem um pingo de legitimidade ou relevância”, afirmou Erdan em sua fala.
O representante israelense destacou a ausência da menção ao nome do Hamas na resolução e disse que isso faz parecer que a guerra no Oriente Médio “tenha começado por si só”.
Erdan criticou também a falta de responsabilização do Hamas na resolução pelos crimes de guerra que o grupo cometeu durante os ataques do último dia 7 de outubro. Ele enfatizou que este é o momento de “erradicar as capacidades ofensivas do grupo terrorista”.
O embaixador rejeitou categoricamente a resolução aprovada pela Assembleia Geral, pontuando que neste momento não “há espaço para negociações com o Hamas” e que Israel não “ficará de braços cruzados diante das atrocidades cometidas” pelo grupo terrorista palestino.
Ele ainda questionou o propósito da resolução árabe, sugerindo que ela serve apenas para “amarrar as mãos de Israel” e não “contribuirá para a paz na região”.
“Mesmo quando discutiam os nossos reféns, os redatores [da resolução] nem sequer conseguiram nomear os terroristas do Hamas responsáveis por este flagrante crime de guerra”, disse Erdan.
O embaixador israelense também contestou as estatísticas fornecidas pelo Hamas sobre a situação em Gaza, destacando a “falta de imparcialidade” na informação.
Ele concluiu afirmando que este é “um dia negativo para a ONU e para a humanidade”, reiterando o compromisso de Israel em se “defender e trazer os reféns para casa”, que estão neste momento sob o controle dos terroristas em Gaza.