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America Ferrera interpreta "Uggly Betty" | Divulgação
America Ferrera interpreta "Uggly Betty"| Foto: Divulgação

Israel libertou 255 prisioneiros palestinos nesta sexta-feira (20), como parte de um acordo que tem apoio dos Estados Unidos para ajudar o presidente palestino, Mahmoud Abbas, depois que o grupo islâmico Hamas tomou o poder na Faixa de Gaza. O primeiro ônibus com alguns deles chegou à Muqata de Ramallah, em meio a gritos de felicidade de parentes e agradecimentos a Deus.

Alguns dos cerca de 250 prisioneiros, a maioria integrantes da facção secular Fatah, de Abbas, beijaram o chão quando foram retiradas suas algemas em um posto militar israelense perto da cidade de Ramallah, na Cisjordânia. Depois, foram transferidos de ônibus israelenses para palestinos e levados a uma cerimônia no complexo presidencial de Abbas.

Dois dos ex-prisioneiros chegaram sobre o teto do ônibus, com bandeiras palestinas. O veículo foi cercado por uma multidãor de parentes, amigos e curiosos, que esperavam pela sua chegada desde o início da manhã (horário local). Os 255 presos foram transferidos pelas autoridades israelenses à ANP na passagem de Betunia.

O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, descreveu sua decisão de libertar os prisioneiros de baixo risco à segurança como gesto de boa vontade para incentivar o novo governo de Abbas. Um porta-voz do Serviço de Prisões de Israel disse que os prisioneiros libertados tinham ainda pelo menos um ano de pena a cumprir. Olmert afirmou que não libertará prisioneiros "com sangue nas mãos".

Em discurso pronunciado aos presos libertados e a seus parentes, Abbas deu as boas-vindas "aos lutadores da liberdade que voltam para casa". O dirigente palestino lembrou que há 11 mil palestinos nas prisões israelenses e que "todos são importantes para nós". Afirmou que "isso é o início, voltarão mais (presos)".

Abbas falou da escada de seu escritório, depois que cinco ônibus cheios de presos libertados por Israel os trouxeram da passagem de Betunia. Em seu discurso, também lembrou os que perderam a vida na luta contra a ocupação israelense e suas famílias.

Além da libertação dos presos, Israel concordou em deixar de perseguir dezenas de militantes leais à Fatah, como as Brigadas de Mártires de Al-Aqsa, em troca de promessas de que entregarão as armas e passarão a fazer parte das forças de segurança formais.

Hamas diz que não há nenhum de seus homens

O movimento islâmico Hamas afirmou depois da liberação dos palestinhos que nenhum de seus homens presos em Israel estava entre os 255. "Fazer circular informação sobre que gente do Hamas foi incluída neste assunto é apenas uma tentativa de tapar a vergonha do Fatah", disse, na Faixa de Gaza, o porta-voz do movimento islâmico Sami abu Zuhri.

O porta-voz respondia a uma informação oferecida hoje pelo diretor-geral do Ministério para Assuntos de Prisioneiros, Ziad Abu Ein, membro do Fatah, sobre que cerca de 30 dos 255 palestinos libertados hoje por Israel são do Hamas. Segundo Abu Ein, outros dois são da Jihad Islâmica, informação que ainda não foi desmentida por esse grupo.

De acordo com o Serviço de Prisões, 85% são do Fatah e os 15% restantes são da Frente Democrática e Popular de Libertação da Palestina (FDLP e FPLP). As declarações de Abu Ein surpreenderam em círculos israelenses e palestinos, e todas as partes envolvidas se apressaram em desmentir a informação.

Fontes do Ministério de Assuntos Exteriores israelense disseram à rádio pública que "não há nenhum terrorista do Hamas entre os presos libertados".

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