Tropas israelenses mataram quatro pessoas e feriram 209 ao abrir fogo e usar gás lacrimogêneo contra milhares de manifestantes na fronteira com a Síria, informou hoje a agência estatal síria Sana. Mais dez pessoas morreram quando tropas israelenses dispararam contra milhares na fronteira libanesa, segundo médicos. Com isso, são confirmadas pelo menos 14 mortes na ação israelense deste domingo.

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As mortes ocorreram no distrito de Ain al-Tineh, na cidade de Quneitra, e em Majdal Shams, cidade na zona anexada por Israel das Colinas de Golã. Os quatro mortos em Golã eram homens. Entre os feridos, 53 foram baleados e alguns estão em estado grave, informou a Sana, citando o chefe do hospital de Quneitra, Ali Kanaan.

Médicos afirmaram ontem que duas pessoas foram mortas e dezenas ficaram feridas nos distúrbios nas Colinas de Golã. Os protestos do domingo marcavam o aniversário da criação de Israel, considerado pelos palestinos o dia da "nakba" (catástrofe, em árabe).

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Vala comum

Uma vala comum foi descoberta hoje na cidade síria de Deraa, sul do país, epicentro dos protestos contra o governo que ocorrem há dois meses e virtualmente fechada ao mundo exterior, afirmou um ativista à France Presse por telefone. "O Exército permitiu hoje que os moradores se aventurem fora de suas casas durante duas horas por dia", afirmou Ammar Qurabi, da Organização Nacional pelos Direitos Humanos na Síria.

"Eles descobriram uma vala comum na parte antiga da cidade, mas autoridades imediatamente isolaram a área para evitar que moradores recolhessem corpos, alguns dos quais eles prometeram que serão entregues (à família) depois", afirmou o ativista, falando do Cairo.

Qurabi disse que o regime do presidente Bashar Assad precisa ter total responsabilidade pelos crimes cometidos contra cidadãos "desarmados". Ele pediu à comunidade internacional e à sociedade civil que pressione pelo fim da "brutal repressão" contra seu povo. O ativista não sabia quantos corpos estavam na vala comum.

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