Jabalya (Folhapress/Reuters) O Exército de Israel matou ontem um líder do grupo Jihad Islâmica e outros seis palestinos em um ataque aéreo contra a Faixa de Gaza, horas depois de o primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, ter prometido lançar uma grande ofensiva contra os militantes radicais palestinos, que integram o grupo Jihad Islâmica, braço armado do Hamas.
Um míssil israelense destruiu o carro dirigido pelo militante Shadi Mhanna no campo de refugiados de Jabalya, disseram testemunhas. Ao menos um outro palestino morto também era militante do Jihad. Dez pessoas, entre as quais civis, ficaram feridas no atentado. Esse foi o ataque israelense mais violento desde março de 2004, quando mísseis mataram o fundador do Hamas, xeque Ahmed Yassin, e outras sete pessoas na Faixa de Gaza.
O ataque seria o início de uma megaofensiva em territórios palestinos na Faixa de Gaza e na Cisjordânia. Na Cisjordânia, o Exército de Israel impôs o toque de recolher e no começo da tarde fez uma operação na cidade de Jenin para capturar um líder local da Jihad Islâmica.
As esperanças de que a recente retirada israelense do território palestino incentivasse as negociações foram abaixo na quarta-feira, quando um homem-bomba do Jihad matou cinco israelenses em um mercado em Hadera. O grupo militante disse ter atacado para vingar o fato de Israel ter assassinado seu principal planejador na Cisjordânia. "Os israelenses estão colhendo com sangue as sementes da violência plantadas pelo plano de retirada", disse o diretor do Partido Religioso Nacional, Zevulun Olev.
O primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, descartou qualquer possibilidade de prosseguir as negociações de paz com o presidente da Autoridade Palestina (AP), Mahmoud Abbas, até que ele "tome uma atitude séria" contra os grupos extremistas palestinos armados. Para Israel, os ataques provam que a AP não tem qualquer controle sobre os militantes. A AP afirma que vem tentando negociar com os grupos de resistência e que deve realizar novas tentativas.
No início deste mês, israelenses e palestinos tinham remarcado um encontro que deveria ter ocorrido ainda em outubro, para o início de novembro próximo. A reunião agora cancelada por tempo indefinido seria a primeira entre os dois líderes desde a retirada de todas as colônias judaicas de Gaza e de outras quatro da Cisjordânia, há um mês.
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