O governo de Israel anunciou uma nova campanha militar contra o Hamas na Faixa de Gaza, nesta terça-feira (18), após um impasse das negociações de cessar-fogo entre os lados.
Segundo um comunicado do Ministério das Relações Exteriores, “a partir desta manhã, Israel está operando com força total contra a organização terrorista Hamas na Faixa de Gaza”. A nota acrescentou que “a partir deste ponto, Israel agirá contra o Hamas com crescente intensidade militar”.
Na manhã desta terça-feira (18), o Exército de Israel emitiu ordens de evacuação para Beit Hanoun, no norte da Faixa de Gaza, e os bairros de Khuza, Abasan al Kabira e Abasan al Jadida, na cidade de Khan Younis, no sul do enclave, todos próximos à fronteira, logo após a ofensiva lançada nesta segunda-feira contra o enclave palestino.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) e a Agência de Segurança de Israel (Shin Bet), informaram que os ataques aéreos eliminaram Essam al-Da'alis, chefe do regime do Hamas e "a maior autoridade do grupo na Faixa de Gaza".
"As Forças de Defesa de Israel (FDI) lançaram uma poderosa ofensiva contra organizações terroristas. Essas áreas específicas são consideradas zonas de combate perigosas!", afirma um comunicado divulgado pelo porta-voz árabe das Forças Armadas israelenses, Avichay Adraee.
Com esta declaração, o Exército israelense pediu à população que evacue para abrigos no oeste da Cidade de Gaza, no caso da cidade de Beit Hanoun, e para aqueles em Khan Younis, no caso dos bairros fronteiriços. "Continuar nas áreas designadas coloca sua vida e a vida de seus familiares em risco", advertiu o comunicado.
Segundo o regime de Gaza, controlado pelo Hamas, mais de 400 pessoas foram mortas até o momento.
Mais cedo, o grupo terrorista publicou um comunicado afirmando que pelo menos quatro oficiais de alto escalão foram mortos nos ataques aéreos das FDI nesta segunda-feira, entre eles Issam al-Da'alis, chefe do comitê administrativo - cargo semelhante ao de primeiro-ministro; Ahmad al-Khatta, diretor-geral do Ministério da Justiça do Hamas; Mahmoud Abu Watfa, diretor-geral do Ministério do Interior do Hamas; e Bahjat Abu Sultan, chefe da agência de segurança interna do Hamas.
A trégua, que durou dois meses, chegou ao fim nesta semana. O Ministro das Relações Exteriores, Gideon Sa'ar, afirmou que Israel tinha "esperança" de que o Hamas evitasse colocar obstáculos para a continuidade do acordo, mas não foi o que aconteceu.
Segundo o ministro, enquanto Israel fez “esforços sinceros” para avançar nas negociações de cessar-fogo, e “o enviado do presidente Trump, Witkoff, propôs duas ofertas diferentes”, o Hamas rejeitou todas as sugestões.
“Nas últimas duas semanas, chegamos a um impasse. Não há ataques aéreos nem o retorno de reféns, e isso é algo que Israel não pode aceitar”, continua o ministro das Relações Exteriores, acrescentando que o retorno à luta “é uma continuação do nosso comprometimento em atingir os objetivos da guerra, que permanecem inalterados”.
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