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O presidente israelense, Shimon Peres, rejeitou neste domingo (4) a possibilidade de trégua na Faixa de Gaza e disse que o Hamas precisa de uma "lição real", à medida que as forças de Israel ampliam as operações terrestres.

Tropas israelenses conquistaram o controle da região leste do Norte da Faixa de Gaza, no segundo dia de operações em terra contra o Hamas no pequeno território palestino. Em outras áreas, forças israelenses e integrantes do grupo radical islâmico estão trocando fogo pesado. Um dos locais de disputa mais intensa é o campo de refugiados de Jabalya, onde uma mesquita foi alvejada na semana passada. Na periferia da Cidade de Gaza são registrados confrontos. Não há confirmação sobre o número de mortos, que pode chegar a 19, na maioria civis, segundo médicos e testemunhas palestinos. Neste domingo, o Exército de Israel confirmou primeira baixa militar desde que o conflito começou há oito dias. Um soldado foi morto por foguete palestino. Um outro ficou ferido.

O principal negociador palestino, Saeb Erekat, disse neste domingo que o processo de paz entre palestinos e Israel está "enterrado sob os tanques israelenses" que invadiram a Faixa de Gaza. O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, classificou a incursão terrestre como uma "agressão brutal".

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A invasão por terra foi iniciada no sábado. Uma coluna de veículos militares protegida por helicópteros de combate entrou em Gaza por três pontos diferentes. De acordo com o premier de Israel, Ehud Olmert, a operação terrestre foi "inevitável" e tem como objetivo aniquilar a capacidade de o Hamas lançar foguetes Qassam contra o Sul de Israel. A estratégia israelense é dividir da Faixa de Gaza em duas áreas, isolando a Cidade de Gaza do sul da região, a fim de otimizar as suas operações militares e enfraquecer as comunicações e o poderia bélico do Hamas.

Neste domingo, foguetes palestinos atingiram as cidades de Ashdod, Ashkelon, Netivot, Eshkol e Sderot, deixando duas pessoas levemente feridas, segundo informações do jornal "Haaretz".

Crianças no fogo cruzado

Uma reunião do Conselho de Segurança da ONU que estudava a possibilidade de cessar-fogo na região do conflito terminou sem acordo. Os EUA bloquearam a resolução.

De acordo com o Exército de Israel, dezenas de combatentes do Hamas teriam morrido durante a ofensiva por terra. Trinta soldados israelenses ficaram feridos na incursão - dois com gravidade.

O ministro da Defesa israelense, Ehud Barak, previu que a invasão "não será fácil nem curta", enquanto o braço armado do Hamas advertiu que o Estado judeu "pagará um alto preço" pela operação.

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