O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, voltou a sugerir nesta segunda-feira (30) que as tropas israelenses estão se preparando para uma incursão terrestre no Líbano, em meio à escalada de ataques contra o grupo terrorista Hezbollah.
"Usaremos todas as nossas capacidades. Se alguém do outro lado não entende o que essas capacidades significam, são todas elas, e vocês fazem parte desse esforço", disse o ministro às tropas de duas brigadas mobilizadas na fronteira norte de Israel.
Na semana passada, Gallant já havia alertado os soldados para estarem preparados para o momento em que a ordem de entrada no Líbano poderia chegar, enquanto o chefe do Estado-Maior israelense, Herzi Halevi, afirmou que os ataques aéreos no país vizinho estão servindo para preparar o terreno para uma possível incursão.
“Nosso objetivo é garantir o regresso seguro das comunidades do norte de Israel às suas casas”, reiterou hoje o ministro da Defesa, acrescentando que o país utilizará “todos os meios necessários: suas forças, outras forças, por ar, por mar e por terra".
O receio de uma ofensiva terrestre contra Hezbollah no território libanês, que agravaria ainda mais a tensão regional, tem sido alimentado nestes dias por diversas reportagens publicadas pela imprensa americana, que sugerem que Israel já estaria enviando tropas para o outro lado da fronteira para realizar pequenas missões.
Estas missões, segundo o Wall Street Journal, incluem o envio de tropas para os túneis que o grupo xiita mantém ao longo da fronteira, em preparação para uma possível incursão terrestre que poderia começar ainda esta semana.
Em suma, o jornal americano deixa claro que os EUA estão pressionando para evitar uma operação em grande escala, e que as autoridades israelenses poderiam optar por lançar incursões específicas para degradar as capacidades do grupo no país.
Mais cedo nesta segunda-feira, o vice-secretário-geral do Hezbollah, Naim Qassem, afirmou que o grupo xiita “está preparado para um confronto terrestre com o inimigo” e garantiu que Israel “não foi capaz” de destruir suas capacidades militares apesar da campanha de ataques massivos que começou há uma semana.
“A Resistência está preparada para o confronto terrestre com o inimigo (…) Estamos totalmente preparados e continuaremos”, disse o número dois do Hezbollah em um discurso televisionado, o primeiro de um líder da organização desde a morte de Nasrallah na última sexta-feira.
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