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Após o ministro de Assuntos Estratégicos de Israel, Moshe Ya'alon, afirmar que seria justificável um possível ciberataque contra o Irã, um porta-voz do governo israelense foi a público nesta quinta-feira esclarecer o que, segundo ele, trata-se de um "mal-entendido".

À BBC, o representante de Israel negou qualquer envolvimento do país com o supervírus Flame, que já teria infectado milhares de alvos no Oriente Médio e, segundo especialistas em segurança digital, foi bancado por um governo.

Ya'alon disse à rádio do exército israelense: "Há poucos países ocidentais que têm alta capacidade tecnológica ao mesmo tempo em que consideram grave a ameaça nuclear iraniana."

"Eu imaginaria que qualquer um que vê tal ameaça como significante -e não é só o caso de Israel, mas de todo o mundo ocidental, liderado pelos EUA- poderia tomar qualquer medida possível, incluindo esta [ciberataque com vírus de espionagem Flame], para prejudicar o projeto nuclear do Irã", continuou Ya'alon.

"Não há uma parte sequer da entrevista em que o ministro sugere a participação de Israel no desenvolvimento do vírus", disse o porta-voz não identificado à rede britânica.

Envolvimento dos EUA

Uma autoridade militar americana, que falou em condição de anonimato, disse à rede NBC na quarta que um vírus de tamanha sofisticação não poderia ter outra origem que não os EUA.

"Foram os EUA", disse o oficial à NBC.Oficialmente, os órgãos militares dos EUA evitaram qualquer declaração sobre o assunto.

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