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O chanceler israelense, Eli Cohen, disse nesta segunda-feira (25) que instruiu a equipe do Ministério das Relações Exteriores a negar extensões de vistos e recusar novos pedidos de funcionários da ONU devido à sua insatisfação com a atitude da organização durante a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza.
“A conduta da ONU desde 7 de outubro é uma vergonha para a organização e para a comunidade internacional, a começar pelo secretário-geral, que legitimou crimes de guerra e crimes contra a humanidade, até o alto comissário para os Direitos Humanos, que publica calúnias sem fundamento”, reclamou Cohen, em uma mensagem em sua conta na rede social X (ex-Twitter).
O secretário-geral da ONU, António Guterres, se referiu à Faixa de Gaza como o “inferno na Terra”, devido à situação humanitária desde o início da ofensiva israelense.
Guterres chegou a invocar o artigo 99 da Carta das Nações Unidas, que pede ao Conselho de Segurança para que aja para interromper uma ofensiva militar, como a da Faixa de Gaza, algo que não teve êxito diante do veto dos Estados Unidos.
A Assembleia Geral da ONU aprovou várias resoluções pedindo um cessar-fogo, mas Israel rejeitou todas as iniciativas e critica o órgão internacional por não condenar o terrorismo do Hamas.
Cohen também denunciou que a ONU Mulheres ignorou por dois meses “atos de estupro contra mulheres israelenses” no ataque do Hamas.
Em retaliação às ações na ONU, Israel já retirou o visto da coordenadora humanitária da ONU em Jerusalém, Lynn Hastings.
“Deixaremos de trabalhar com aqueles que cooperam com a propaganda da organização terrorista Hamas”, escreveu Cohen no X.