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Logo após o Conselho de Segurança da ONU ter aprovado um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza durante o Ramadã, o mês sagrado muçulmano, iniciado em 10 de março e que termina em 9 de abril, o governo de Israel disse que não obedecerá à medida.
“O Estado de Israel não cessará fogo. Destruiremos o Hamas e continuaremos a lutar até que o último dos reféns volte para casa”, escreveu no X o ministro das Relações Exteriores, Israel Katz.
Benny Gantz, membro do governo provisório de Israel durante o conflito, também se manifestou no X. “O Estado de Israel tem a obrigação moral de continuar a lutar até que os reféns sejam libertados e a ameaça do Hamas seja removida, e é isso que faremos. A decisão do Conselho de Segurança não tem significado operacional para nós”, disparou.
Nesta segunda-feira (25), após meses em que Estados Unidos, Rússia e China vetaram no Conselho de Segurança propostas de cessar-fogo na Faixa de Gaza, onde Israel realiza uma ofensiva em resposta aos ataques do grupo terrorista Hamas em outubro, o colegiado aprovou por unanimidade uma proposta de dez membros não permanentes (Argélia, Equador, Guiana, Japão, Malta, Moçambique, Coreia do Sul, Serra Leoa, Eslovênia e Suíça) para um cessar-fogo no enclave palestino durante o Ramadã.
Os americanos, que, como membro permanente do conselho (assim como França, Reino Unido, China e Rússia), poderiam ter vetado a resolução, desta vez se abstiveram.
Em resposta, Israel cancelou a visita de duas autoridades a Washington e divulgou um comunicado no qual afirmou que a postura americana “dá ao Hamas esperança de que a pressão internacional lhes permitirá obter um cessar-fogo sem libertar os nossos reféns”.
Nos ataques de 7 de outubro, o Hamas matou 1,2 mil pessoas em Israel e sequestrou cerca de 250. Após trocas de reféns por prisioneiros palestinos, resgates e recuperação de corpos nos últimos meses, cerca de 130 reféns permanecem em Gaza. A inteligência israelense calcula que aproximadamente 30 deles estejam mortos.