Israel apresentou às equipes de mediação de Egito, Catar e Estados Unidos uma nova proposta de trégua na Faixa de Gaza antes do início de uma nova rodada de negociações em Doha no domingo (27), disseram à Agência EFE fontes próximas às negociações.
De acordo essas fontes, que pediram anonimato devido à sensibilidade do assunto, o plano - que ainda precisa ser discutido e apresentado ao grupo terrorista Hamas - inclui três fases e uma possível interrupção permanente da campanha militar de Israel na Faixa de Gaza.
A primeira fase prevê um cessar-fogo temporário e a retirada das forças israelenses da passagem de Rafah, que liga a Faixa de Gaza ao Egito, bem como a libertação de todos os reféns vivos mantidos pelo Hamas em troca da libertação de um grupo de prisioneiros palestinos detidos em Israel.
A segunda é a retirada das tropas do corredor de Netzarim, local que divide a Faixa de Gaza de norte a sul, e a troca da “maioria” dos corpos dos reféns mortos pelos corpos dos terroristas do Hamas, de acordo com as fontes.
Além disso, Israel exige que a Autoridade Nacional da Palestina (ANP) controle a passagem de Rafah sob a supervisão de “forças árabes e internacionais”.
Na fase final, Israel se comprometeria a retirar suas forças do corredor Filadélfia (a fronteira entre Gaza e Egito) e do norte do território, desde que uma coalizão árabe e da ANP supervisione essa região.
Nessa fase final, Israel também entregará o corpo do líder do Hamas, Yahya Sinwar, que foi morto recentemente no sul da Faixa.
As fontes disseram à EFE que Egito e Catar estão fazendo “esforços intensos” para interromper a guerra em Gaza e também tentarão “fazer emendas no texto em favor do Hamas” para que o grupo terrorista palestino aceite a proposta.
Israel enviará o chefe do Mossad, David Barnea, a Doha no domingo para retomar as negociações com o chefe da CIA, Bill Burns; o primeiro-ministro do Catar, Mohamed bin Abderrahman; e o chefe de inteligência do Egito, Hassan Mahmoud Rashad.