As decisões da reunião
O QUE OFERECE OLMERT
Retomada dos contatos políticos com o novo governo palestino.
Descongelar parte dos US$ 600 milhões de impostos retidos.
Aumentar os investimentos no setor industrial na Cisjordânia.
A CONTRAPARTIDA
Olmert quer que o governo do premiê Fayyad (ou seja, do Fatah) aceite o Mapa do Caminho como meio de pacificação entre israelenses e palestinos.
Que rejeite publicamente o uso da violência contra Israel.
Que respeite os acordos anteriormente firmados entre israelenses e palestinos.
O QUE ABBAS PEDE
O descongelamento de todo o dinheiro de repasses de impostos retidos.
A libertação de palestinos presos em Israel (são cerca de 9.000).
O fim dos controles militares e a liberação do trânsito de pessoas e mercadorias na Cisjordânia.
Jerusalém O governo israelense deve oferecer na segunda-feira um pacote de incentivos ao presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas. A oferta ocorreria no Egito, em encontro entre o premiê de Israel, Ehud Olmert, e Abbas.
O encontro dá prosseguimento à estratégia de Israel e dos EUA, agora ganhando a adesão de países árabes como Egito e Jordânia, aliados dos EUA, de apoiar o Fatah de Abbas e, assim, isolar o grupo radical islâmico Hamas.
No fim da semana passada, o Hamas tomou a faixa de Gaza, expulsando de lá o Fatah, que contra-atacou tocando o Hamas para fora da Cisjordânia. Mahmoud Abbas, líder do Fatah, decidiu então nomear um novo premiê, em substituição a Ismail Haniyeh, do Hamas, que chegou ao poder nas eleições do início do ano passado. O resultado é que há agora dois governos palestinos, o do Hamas, em Gaza, e o do Fatah, na Cisjordânia região administrada politicamente pelos palestinos mas militarmente por Israel.
No encontro, que na prática discutirá que tipo de apoio Abbas ganhará de Israel para o seu Fatah, Olmert deve oferecer, entre outras coisas, a retomada das negociações para a paz entre israelenses e palestinos algo que ele havia recusado poucos dias atrás e o aumento dos investimentos na Cisjordânia, entre outras coisas. Como contrapartida, exigirá a renúncia pública à violência pelos palestinos e a aceitação do Mapa do Caminho, o plano de paz para a região patrocinado pelo Quarteto (EUA, União Européia, Rússia e ONU) e abandonado com a eleição do Hamas.
Espera-se ainda que saia no Egito uma decisão sobre a já prometida liberação de ao menos parte dos cerca de US$ 600 milhões em repasse de impostos pagos por palestinos que estão retidos com Israel.
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