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Oriente Médio

Israel oficializa anulação de acordo com agência da ONU acusada de empregar terroristas

Centro de distribuição de ajuda da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA) em Khan Younis, sul da Faixa de Gaza (Foto: EFE/EPA/HAITHAM IMAD)

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Israel notificou as Nações Unidas do cancelamento do acordo de 1967 com a Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA), disse segunda-feira (4) uma fonte oficial, após o Parlamento israelense ter proibido duas leis sobre suas atividades em Israel e os territórios palestinos.

“Após a aprovação da legislação sobre a UNRWA, o Estado de Israel notificou oficialmente ao presidente da Assembleia Geral do encerramento da cooperação com a agência”, disse o embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, na rede social X.

De acordo com a carta emitida pelo Ministério das Relações Exteriores de Israel e publicada por Danon, a legislação aprovada pelo Parlamento israelense em 28 de outubro entrará em vigor dentro de três meses.

“Apesar das provas contundentes que apresentamos à ONU que corroboram com a infiltração do Hamas na UNRWA, a ONU nada fez para retificar a situação”, justificou Danon, destacando que Israel irá cooperar com outras agências humanitárias, “mas não com as organizações que promovem o terrorismo contra nós”, disse.

O ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, também denunciou a organização em um comunicado no qual afirmou ter fornecido em julho uma lista de 100 membros do Hamas que a UNRWA empregou e acusou a agência de não fazer nada a respeito.

Em agosto, a UNRWA concluiu uma investigação na qual alegou que nove dos funcionários que investigava "podem ter" estado envolvidos nos ataques de 7 de outubro, embora tenha afirmado que não tinha sido capaz de "autenticar de forma independente as informações que lhe foram fornecidas e que estava nas mãos das autoridades israelenses", referindo-se às provas apresentadas contra os funcionários.

O Ministério das Relações Exteriores acrescentou em seu comunicado que, nos três meses que Israel concedeu à UNRWA até que sua proibição se torne efetiva, expandirá a atividade de outras organizações internacionais que não foram "contaminadas pelo terrorismo".

A UNRWA foi criada em 1950 pela ONU e presta serviços sociais a mais de cinco milhões de refugiados palestinos que agora vivem na Faixa de Gaza, Cisjordânia, Líbano, Síria e Jordânia.

Uma semana atrás, o Parlamento israelense aprovou duas leis que permitirão o fechamento dos escritórios da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos, encerrando assim suas atividades.

Israel justificou a decisão alegando que cerca de 2 mil funcionários da UNRWA pertencem à organização terrorista Hamas.

Em janeiro, acusou 12 de seus mais de 30 mil trabalhadores de participarem ativamente nos ataques de 7 de outubro de 2023, aos quais a agência respondeu imediatamente abrindo uma investigação interna e demitindo os funcionários.

Conteúdo editado por: Isabella de Paula

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