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Incêndio já causou a morte de 42 pessoas em Israel | Reuters
Incêndio já causou a morte de 42 pessoas em Israel| Foto: Reuters

Aviões de quatro países participam nesta sexta-feira (3) do combate a um enorme incêndio florestal perto de Haifa, no norte israelense, o pior da história do país. Foram registradas 42 mortes.

"Os incêndios ainda não estão sob controle, e os ventos fortes estão piorando as coisas", disse o chefe dos bombeiros, Shimon Romah, à Rádio Israel.

Equipes de todo o país foram mobilizadas na quinta-feira, e reforços de outras nações começaram a chegar nesta sexta. Os bombeiros locais carecem de recursos, principalmente de aviões-tanque para jogar água sobre o fogo.

O chanceler Avigdor Lieberman disse que a Rússia estava mandando "o maior avião de combate a incêndios do mudo", um Antonov. Bulgária, Jordânia, Grécia e Grã-Bretanha, também já enviaram ajuda, enquanto Chipre, Turquia, Austrália e França prometeram colaborar.

Durante toda a noite era possível ver um reflexo alaranjado no céu da região de Haifa, e ao amanhecer as TVs mostravam que o fogo ainda se alastrava. Acredita-se que o incêndio começou em um depósito clandestino de lixo.

Em visita ao local, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse que Israel havia sofrido "um desastre numa escala" nunca vista antes. Lieberman previu que as chamas só serão controladas na noite de sábado.

Pelo menos 42 pessoas morreram na quinta-feira, principalmente agentes carcerários em treinamento, que deveriam ajudar na retirada de 500 presos de uma cadeia ameaçada pelo fogo. O ônibus em que os agentes estavam foi atingido pelas chamas a caminho da prisão.

Mais de 12 mil pessoas foram retiradas de aldeias e pequenas cidades da região.

O presidente dos EUA, Barack Obama, enviou condolências e disse que os Estados Unidos irão ajudar.

Enquanto a Europa sofre uma onda de frio excepcional, Israel enfrenta um calor fora do comum para esta época, no mês de novembro mais quente em 60 anos.

O fogo começou por volta de 12h de quinta-feira (hora local), e a imprensa israelense criticou a incapacidade dos serviços locais de emergência para lidarem com o desastre.

Segundo os jornais, há anos especialistas alertavam que os bombeiros careciam dos recursos adequados para combater situações graves, e que isso poderia ter consequências sombrias em caso de guerra.

"Ontem revelou-se que Israel não está preparado para a guerra ou para um ataque terrorista em massa que pudesse causar muitas vítimas na frente doméstica", disse o jornal Haaretz em artigo na primeira página.

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