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Israel fez um apelo às nações do “mundo livre e civilizado” para que condenem o pedido de prisão feito ao Tribunal Penal Internacional (TPI), pelo procurador Karim Khan, contra o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e seu ministro da Defesa Yoav Gallant.
Khan, que é o procurador-chefe do TPI, fez o pedido ao tribunal nesta segunda-feira (20). Além de membros do governo de Israel, o procurador também pediu a prisão de líderes do grupo terrorista Hamas, entre eles Yahya Sinwar, chefe do grupo palestino em Gaza, e Ismail Haniyeh, chefe do escritório político do Hamas, que vive neste momento no Catar.
Nesta terça-feira, o governo israelense, por meio do porta-voz Tal Heinrich, defendeu suas ações militares em Gaza, alegando que o país está operando contra terroristas do Hamas "que estão sedentos por sangue".
"Apelamos às nações do mundo civilizado e livre, nações que desprezam terroristas e qualquer pessoa que os apoie, para apoiarem Israel. Vocês devem condenar abertamente esta medida [o pedido de prisão]", disse Heinrich.
"Certifiquem-se de que o TPI entenda de que lado vocês estão. Oponham-se à decisão do promotor e declarem que, mesmo se mandados forem emitidos, vocês não têm a intenção de cumpri-los. Porque isso não é sobre nossos líderes. É sobre nossa sobrevivência”, enfatizou o porta-voz.
Em seu pedido ao TPI, Khan afirmou que, embora Israel tenha o direito de se defender do Hamas, “isso não isenta o país de cumprir com a lei humanitária internacional”. Ele acusou Israel de causar “intencionalmente morte, fome, grande sofrimento e lesões graves ao corpo ou à saúde da população civil” de Gaza.
Na segunda-feira, dia em que Khan enviou seus pedidos, a França, um dos países do Ocidente, decidiu enviar uma mensagem de apoio ao tribunal.
"A França apoia o Tribunal Penal Internacional, sua independência e a luta contra a impunidade em todas as situações", disse um comunicado do ministério das Relações Exteriores do país europeu liderado por Emmanuel Macron.
O comunicado vai contra a posição de outros países ocidentais, como os EUA e a Alemanha, que já criticaram a “falsa equivalência” no pedido de Khan.