Netanyahu durante encontro com Obama em Washington| Foto: Jason Reed/Reuters

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, pediu ontem ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que mantenha as sanções ao Irã ou as aprofunde enquanto continuarem as negociações sobre o programa nuclear do país persa.

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O Estado judaico acusa Teerã de querer usar o programa de enriquecimento de urânio para desenvolver uma bomba atômica, cujo alvo preferencial seria o território israelense. A República Islâmica nega e afirma que as atividades atômicas são para fins médicos e energéticos.

Netanyahu foi recebido por Obama na Casa Branca três dias após o americano ligar para o presidente iraniano Hassan Rouhani, no primeiro contato entre chefes de governo dos dois países desde a Revolução Islâmica, em 1979, quando foram rompidas as relações.

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Durante o encontro, o primeiro-ministro israelense elogiou Obama pelas sanções econômicas ao Irã, as quais deseja que sejam mantidas ou ampliadas durante as negociações. "Israel acredita firmemente que, se o Irã continuar a avançar em seu programa nuclear, as sanções devem ser reforçadas", afirmou.

Como forma de diminuir a preocupação de Israel sobre a retomada da relação com o Irã, Obama disse que Teerã deve provar a sinceridade de seu discurso de abertura com ações e afirmou ter mantido todas as opções em relação ao país.

Verificação

Para o americano, é necessário "um alto nível de verificação" do andamento do programa nuclear iraniano para que sejam "aliviadas as sanções". Mesmo que Netanyahu tenha insistido para que Washington faça uma clara ameaça militar ao Irã, Obama disse que pode usar a força caso as negociações fracassem.

O presidente ainda elogiou Netanyahu pela retomada das negociações de paz diretas com os palestinos, que estavam paralisadas há três anos, mas advertiu que o tempo para que israelenses e palestinos resolvam a crise territorial é limitado.

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