O governo de Israel confirmou neste domingo o encontro marcado para o próximo dia 19 entre o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, e o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas. Na semana passada, Abbas e o premier Ismail Haniyeh chegaram a um acordo para a formação de um governo de união nacional. Para o primeiro-ministro israelense, o diálogo só vai avançar se o governo de coalizão formado pelo Fatah, de Abbas, e o Hamas, de Haniyeh, aceitar os acordos previstos com Israel.
- Israel não rejeita nem aceita o acordo. Neste estágio, nós, assim como a comunidade internacional, estamos estudando o que foi acertado exatamente e o que foi dito - afirmou o primeiro-ministro.
Olmert aproveitou para defender a reforma da Esplanada das Mesquitas. Segundo ele,a obra é necessária, já que Israel é responsável pela segurança dos fiéis que freqüentam a mesquita de Al-Aqsa, terceiro lugar mais sagrado para a religião islâmica. Neste domingo, Israel decidiu continuar com as escavações no local.
- O governo aprovou a continuação da construção nas proximidades do portão de Mughrabi dentro da área proposta, na maior velocidade possível - disse o funcionário do governo.
Policiais israelenses escoltam grupo de palestinos após manifestação em Jerusalém contra obras na Esplanada das Mesquistas - Reuters
No Egito, onde se encontrou com o presidente Hosni Mubarak, o presidente Mahmoud Abbas condenou as obras. Ele acredita que as escavações podem comprometer as fundações da mesquita, erguida, segundo os muçulmanos, no lugar onde o profeta Maomé fez as últimas orações antes de ir para o paraíso.
Abbas também mostrou otimismo sobre o governo de união nacional, acertado com o Hamas na semana passada. E afirmou que as duas facções têm sérias intenções de trabalhar juntas. Porém, algumas divergências não foram superadas, como a insistência do Hamas de não reconhecer o estado de Israel .
Em Jerusalém e Gaza, manifestantes continuaram a protestar contra a obra na Esplanada das Mesquitas. Na sexta-feira, dia das preces especiais dos muçulmanos, houve confronto com a polícia. Os palestinos dizem que a reforma é um desrespeito a um templo sagrado.
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