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A Mesquita de Al-Aqsa, considerada o terceiro local mais sagrado do islamismo
A Mesquita de Al-Aqsa, considerada o terceiro local mais sagrado do islamismo| Foto: Godot13/Wikimedia Commons

O governo de Israel informou nesta terça-feira (5) que o acesso dos muçulmanos na primeira semana do Ramadã ao Monte do Templo, localizado na Cidade Velha de Jerusalém e onde fica a Mesquita de Al-Aqsa, será igual ao de anos anteriores.

O Ramadã, mês sagrado do Islã, terá início no domingo (10). O Monte do Templo é considerado o lugar mais sagrado do judaísmo e a Mesquita de Al-Aqsa, o terceiro do islamismo, e o local é um ponto delicado da disputa entre israelenses e palestinos.

“Na primeira semana do Ramadã, o número de fiéis autorizados a entrar no Monte do Templo será o mesmo dos anos anteriores”, informou o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu em comunicado.

“Todas as semanas haverá uma avaliação sobre a situação de segurança e proteção, e uma decisão será tomada de acordo com ela”, acrescentou a nota. “O Ramadã é sagrado para os muçulmanos, e a santidade do feriado será preservada este ano, como é todos os anos.”

No mês passado, o ministro da Segurança Nacional israelense, Itamar Ben Gvir, havia afirmado que o acesso de muçulmanos ao Monte do Templo não deveria ser permitido no Ramadã deste ano, devido aos riscos decorrentes da guerra entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza.

Por seu lado, o chefe político do Hamas, Ismail Haniyeh, fez um apelo aos palestinos em Jerusalém e na Cisjordânia para marcharem até a Mesquita de Al-Aqsa durante o primeiro dia do Ramadã.

Nesta terça-feira, Ben Gvir criticou Netanyahu em entrevista a uma rádio. “A decisão de permitir um acesso semelhante ao de anos anteriores ao Monte do Templo no Ramadã mostra que Netanyahu e o gabinete [de guerra] limitado acham que nada aconteceu em 7 de outubro”, afirmou, citando a data dos ataques terroristas do Hamas que motivaram a atual guerra em Gaza.

“A decisão põe em perigo os cidadãos de Israel e talvez permita uma imagem de vitória para o Hamas”, acrescentou o ministro.

Por sua vez, Mansour Abbas, membro do Knesset (Parlamento de Israel) e presidente do partido islâmico Ra’am, agradeceu a Netanyahu e classificou sua decisão como “responsável”.

Em uma postagem no X, antigo Twitter, ele pediu ao “público árabe para exercer o seu direito de rezar e observar os mandamentos durante o mês sagrado, respeitando a lei e a ordem pública”.

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