Israel permitiu de forma pontual a exportação de bens de Gaza à Cisjordânia pela primeira vez desde que impôs um ferrenho bloqueio à faixa palestina em junho de 2007, informaram fontes militares nesta terça-feira.

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As autoridades israelenses autorizaram a saída de 13 caminhões carregados de barras de doce de tâmara, no marco de um projeto do Programa Mundial de Alimentos da ONU destinado a proporcionar comida a estudantes palestinos na Cisjordânia.

Os dois primeiros caminhões transferiram ontem sua carga a território israelense, para desde ali viajar à Cisjordânia ocupada. A entrega continuará nesta terça-feira, confirmou à Agência Efe uma porta-voz militar israelense.

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Segundo a ONG israelense Gisha, desde o princípio deste ano Israel permite a exportação de bens desde Gaza, mas só ao exterior.

Os fabricantes de Gaza não podem levar seus produtos à Cisjordânia, que, junto com Israel, era o destino de 85% das exportações da faixa antes da imposição do cerco.

"A proibição da venda de produtos a Israel e à Cisjordânia contribuiu para o colapso da economia de Gaza, onde aproximadamente 83% das fábricas estão inativas ou operando a menos de 50% de sua capacidade porque seus mercados naturais estão bloqueados", explica a organização.

Sari Bashi, diretor da Gisha, assinalou em comunicado que a permissão "é um passo importante para cumprir o compromisso do governo israelense de permitir o desenvolvimento econômico dos palestinos que vivem em Gaza", mas destaca que "a questão é saber se isto é um gesto pontual referente ao Programa Mundial de Alimentos ou uma mudança na política".

A ONG lembra que antes do bloqueio Gaza exportava 86 caminhões diariamente, em comparação com os dois que Israel permite agora.

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