Israel deteve nesta terça-feira Raed Salah, um dos principais líderes árabes com nacionalidade israelense, sob a acusação de incitar os violentos distúrbios que vêm ocorrendo na Cidade Velha de Jerusalém. Há dias, israelenses e palestinos enfrentam-se na área do Muro das Lamentações e da Esplanada das Mesquitas, lugar sagrado para judeus e muçulmanos.

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Salah chefia a chamada "facção norte" do Movimento Islâmico e foi prefeito de Umm al-Fahm, cidade israelense de maioria árabe. Ele já havia sido detido antes por suposto envolvimento com o Hamas e Israel afirma que, desta vez, Salah estava incentivando palestinos a enfrentar as forças israelenses.

Autoridades palestinas, por sua vez, acusam o governo israelense de incitar os distúrbios para justificar a prisão de líderes muçulmanos.

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Frequentemente, o complexo que abriga a Esplanada das Mesquitas e o Muro das Lamentações tem sido o palco inicial de crises envolvendo palestinos e israelenses. Em 2000, uma visita de Ariel Sharon, então deputado pelo Partido Likud, à Esplanada das Mesquitas (chamada de Monte do Templo pelos judeus) marcou o início da segunda intifada. Desde então, Israel impõe restrições de acesso à área a jovens palestinos.

Ao jornal israelense Haaretz, Salah disse, após ser detido, que os protestos continuarão "até o fim da ocupação da cidade e de Al-Aqsa", em referência a Jerusalém Oriental e à mesquita de onde Maomé teria subido ao céus, segundo o Alcorão.

As informações são da Associated Press.

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