A prefeitura de Jerusalém deu na segunda-feira mais um passo rumo à construção de 124 novos apartamentos em território anexado a Israel nos arredores de Jerusalém Oriental, o que deve atrair condenação internacional.
O comitê municipal de planejamento autorizou a construção de 92 apartamentos em East Talpiot, ao sul de Jerusalém, e 32 em Pisgat Zeev, ao norte. Israel qualifica ambas as áreas como "bairros" judaicos, construídos em territórios anexados ao país sem consentimento internacional após a guerra de 1967.
Detalhes sobre o projeto não foram imediatamente revelados.
No domingo, um vereador disse que ainda nesta semana a mesma comissão de planejamento irá aprovar outro projeto, destinado à construção de 1.400 novas casas para judeus em áreas anexadas da Cisjordânia.
Os palestinos reivindicam Jerusalém Oriental como capital do seu eventual Estado independente. Já Israel diz que Jerusalém inteira é a sua capital "eterna e indivisível".
Na semana passada, a secretária norte-americana de Estado, Hillary Clinton, criticou a demolição de um hotel decadente na parte árabe de Jerusalém, para dar lugar a 20 casas para judeus em um projeto de colonização.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu respondeu publicamente, dizendo que os judeus têm o direito de viver em qualquer lugar de Jerusalém.
Cerca de 500 mil israelenses vivem na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, em meio a 2,7 milhões de palestinos.
A Corte Mundial diz que os assentamentos construídos por Jerusalém em território ocupado são ilegais. Os palestinos dizem que esses encraves lhes privam da possibilidade de criar um Estado viável na Cisjordânia, Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental.
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