
O embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, solicitou às Nações Unidas uma "investigação completa" após a identificação de tatuagens nazistas em um funcionário que foi hospitalizado no país após ser ferido em um ataque na Faixa de Gaza.
As informações foram divulgadas por uma fonte com conhecimento do assunto que conversou com a agência Jewish News Syndicate (JNS), nesta quinta-feira (20).
Segundo os relatos, o funcionário aparentemente atuava no Serviço de Ação Contra Minas da ONU no enclave palestino. Ele foi ferido em um ataque com armadilha em Gaza e precisou ser transferido para um hospital de Israel para receber cuidados médicos, segundo explicou o JNS.
As Nações Unidas responsabilizaram Tel Aviv pelo ataque, no entanto o Exército israelense rejeitou essa hipótese, argumentando que não opera naquela região de Gaza. Segundo os militares, o caso provavelmente envolve uma armadilha preparada pelo Hamas no território.
Ao ser hospitalizado em Israel, foram descobertas duas tatuagens em seu corpo, sendo uma no braço que diz, em alemão, em letras pretas e grossas: "minha honra é lealdade", uma referência ao lema da Waffen SS, a ala militar da organização Schutzstaffel (SS) do Partido Nazista da Alemanha, segundo explicou a Liga Antidifamação (ADL, em inglês), entidade internacional cuja missão é combater o discurso de ódio no mundo.
Em seu site, a ADL expõe que essa é uma referência à lealdade da organização a Adolf Hitler. “Desde a Segunda Guerra Mundial, neonazistas e outros supremacistas ao redor do mundo usam essa frase em alemão ou seu equivalente em outras línguas como um slogan de ódio”, disse a entidade.
A segunda tatuagem identificada, segundo a agência, aparentemente exibe o rosto de um soldado ou oficial da SS, usando um chapéu nazista, óculos escuros e uma gola com aparentes símbolos nazistas.
O enviado especial de Israel na ONU, Danny Danon, considerou tais expressões antissemitas "inaceitáveis”, pedindo uma "investigação completa" das Nações Unidas sobre o caso.
“Queremos saber exatamente o que a ONU fará para expurgar expressões flagrantes de ódio aos judeus entre seus funcionários”, disse Danon, citado pela agência JNS.