As autoridades israelenses prolongaram por três meses a detenção sem processo e sem acusações de um jornalista palestino acusado de pertencer a uma “organização terrorista” - informou, neste sábado (20), uma ONG palestina de defesa dos prisioneiros.
O diretor do Sindicato dos Jornalistas Palestinos, Omar Nazzal, foi detido em 23 de abril na fronteira com a Cisjordânia, território palestino ocupado por Israel, e Jordânia, antes de embarcar em um avião para ir a um congresso da Federação Europeia de Jornalistas na Bósnia.
Os palestinos consideram que se trata de um novo ataque à liberdade de imprensa por parte de Israel. Várias organizações internacionais pediram a soltura de Nazzal, de 54, que está em greve de fome desde 4 de agosto para denunciar sua detenção.
Um tribunal militar israelense decretou sua detenção administrativa até 22 de agosto “por causa de sua participação em uma organização terrorista”, e não “por suas atividades como jornalista”, esclareceu o Exército.
Israel acusa Nazzal de estar envolvido nas “atividades de um grupo terrorista (...), a Frente Popular de Libertação da Palestina (FPLP)”.
O jornalista esperava que as autoridades informassem-no até a próxima segunda-feira (22) se seria libertado, ou indiciado. Seus advogados foram notificados, porém, de que sua detenção administrativa será prorrogada por três meses.
A AFP tentou contato com as autoridades penitenciárias israelenses para falar sobre o caso, mas não obteve retorno.
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