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O governo de Israel prometeu neste domingo (26) boicotar uma reunião de cúpula da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre racismo marcada para setembro de 2011 com o objetivo de celebrar os dez anos da Declaração de Durban. O governo do Canadá já anunciou que não participará das celebrações e um grupo de senadores norte-americanos tem pressionado para que os Estados Unidos também não participem da cúpula, convocada oficialmente na última sexta-feira pela Assembleia Geral da ONU.

"Com base nas presentes circunstâncias, uma vez que a reunião é definida como parte do infame 'processo Durban', Israel não participará da reunião marcada para setembro de 2011 na sede da ONU em Nova York", afirmou Karean Peretz, porta-voz da missão israelense na ONU.

A porta-voz qualificou Israel como "parte da luta internacional contra o racismo" e declarou que o governo de seu país "lamenta que uma resolução sobre um tema tão importante - a erradicação do racismo - tenha sido desviada e politizada por maioria automática na ONU, conectando-a à Declaração e Programa de Ação de Durban (2001), que muitos países prefeririam esquecer".

Por meio de nota, Karean criticou ainda o que chamou de "vozes antissemitas e demonstrações de ódio contra Israel e o mundo judaico" que marcaram a conferência em Durban. "Aquilo nos deixou cicatrizes que não se curarão tão rápido", declarou.

Israel e os Estados Unidos opuseram-se à resolução (aprovada com 104 votos a favor, 22 contra e 33 abstenções) por meio da qual a Assembleia Geral da ONU convocou a cúpula para celebrar os dez anos da Conferência Mundial da ONU contra o Racismo, realizada em 2001 na cidade sul-africana de Durban.

A conferência foi marcada por acaloradas discussões e por delegações abandonando o debate em meio a planos para que uma condenação ao sionismo fosse inserida na declaração final. Israel e os EUA abandonaram a conferência denunciando suposto antissemitismo.

No ano passado, um evento da ONU em Genebra convocado com o objetivo de levar adiante os debates de Durban foi marcado pelo boicote de nove países - entre os quais Alemanha, Austrália, Canadá, Estados Unidos, Grã-Bretanha e Israel -, também em meio a queixas de antissemitismo. As informações são da Dow Jones.

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