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Guerra no Oriente Médio

Israel promete ofensiva em Rafah se reféns não forem libertados até o Ramadã

Benny Gantz, membro do gabinete de guerra de Israel, deu prazo até 10 de março para o Hamas se render e libertar reféns (Foto: EFE/EPA/ABIR SULTAN EPA-EFE/ABIR SULTAN)

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O ex-primeiro ministro Benny Gantz, membro do gabinete de guerra de Israel, afirmou que as Forças de Defesa do país (FDI) iniciarão uma ofensiva terrestre no sul da Faixa de Gaza, incluindo a cidade de Rafah, se o grupo terrorista Hamas não libertar os reféns que ainda estão em suas mãos até o início do Ramadã, que começa este ano em 10 de março.

“O mundo deve saber, e os líderes do Hamas devem saber: se até o Ramadã os nossos reféns não estiverem em casa, os combates continuarão em todos os lugares, incluindo a área de Rafah”, disse Gantz durante a Conferência de Presidentes das Principais Organizações Judaicas Americanas, em Jerusalém, no domingo (18).

“Faremos isso de maneira coordenada, facilitando a evacuação de civis em diálogo com nossos parceiros americanos e egípcios para minimizar as baixas civis”, disse o ex-premiê.

“Para aqueles que dizem que o preço [de uma incursão terrestre] é muito alto, digo isto muito claramente: o Hamas tem uma escolha – pode se render, libertar os reféns e os cidadãos de Gaza poderão celebrar o feriado sagrado do Ramadã”, acrescentou Gantz.

O Ramadã, que este ano será entre 10 de março e 8 de abril, é o nono mês do calendário islâmico, quando a maioria dos muçulmanos jejua entre o nascer e o pôr do sol.

Nos ataques terroristas de 7 de outubro em Israel, o Hamas matou cerca de 1,2 mil pessoas e levou outras 253 como reféns. Parte deles foi libertada durante uma trégua em que presos palestinos em prisões israelenses foram liberados em contrapartida. Outros reféns foram resgatados ou mortos. Israel estima que o Hamas ainda mantenha cerca de 130 reféns.

Hoje, há cerca de 1,5 milhão de pessoas na região de Rafah, muitas delas deslocadas de outras regiões da Faixa de Gaza desde o início do conflito.

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