O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou nesta terça-feira (11) que o gabinete de segurança do país acatou uma sugestão do presidente americano, Donald Trump, e que “combates intensos” serão retomados na Faixa de Gaza se reféns israelenses não forem libertados pelo grupo terrorista Hamas até sábado (15).
Na segunda-feira (10), Trump havia proposto que Israel interrompesse o cessar-fogo com o Hamas, em vigor desde 19 de janeiro, se todos os reféns em Gaza não forem libertados até sábado ao meio-dia (horário de Israel, 7h no horário de Brasília). “Que o inferno se espalhe”, afirmou o republicano.
Nesta terça, numa declaração de vídeo, Netanyahu não especificou se todos os reféns precisarão ser libertados, mas deu um ultimato ao Hamas.
“Se o Hamas não devolver nossos reféns até o meio-dia de sábado, o cessar-fogo terminará, e as FDI [Forças de Defesa de Israel] retornarão aos combates intensos até que o Hamas seja finalmente derrotado”, disse o premiê.
“[O gabinete de segurança] acolheu com satisfação a demanda do presidente Trump pela libertação de nossos reféns até o meio-dia de sábado, e todos nós também acolhemos com satisfação a visão revolucionária do presidente para o futuro de Gaza”, acrescentou, citando o plano de Trump de fazer do enclave uma “Riviera do Oriente Médio”, com o deslocamento da população palestina para países árabes vizinhos.
Nos atentados de 7 de outubro de 2023, o Hamas matou cerca de 1,2 mil pessoas em Israel e sequestrou 251. Após o atual cessar-fogo e outro em novembro de 2023 e resgastes de reféns vivos e corpos, 73 reféns permanecem em Gaza, incluindo 34 que estão mortos, segundo as forças de Israel.
Na segunda-feira, o Hamas disse que não libertará três reféns no próximo sábado, conforme previsto, sob a alegação de que Israel teria violado termos do cessar-fogo.
Na declaração desta terça-feira, Netanyahu afirmou que o Hamas “violou o acordo” ao anunciar a decisão de “não libertar nossos reféns”.
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