Israel publicou nesta segunda-feira uma lista de produtos, principalmente armas e materiais que podem ser usados na sua fabricação, que estão proibidos de serem importados na Faixa de Gaza, apesar do abrandamento do bloqueio comercial ao território palestino litorâneo.
A lista surge 15 dias depois de o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu anunciar o abrandamento do bloqueio, e horas antes de ele embarcar para os Estados Unidos, onde será recebido na terça-feira pelo presidente Barack Obama.
Israel alega que o bloqueio comercial é necessário para impedir que o grupo islâmico Hamas, que governa Gaza, tenha acesso a armas que podem colocar o Estado judeu em risco.
Parte da comunidade internacional acusa Israel de impor uma punição coletiva aos 1,5 milhão de palestinos de Gaza. Netanyahu atenuou o embargo depois da forte reação internacional à morte de nove ativistas turcos atacados por soldados israelenses quando tentavam levar mantimentos de barco aos palestinos.
Pelas regras anteriores, Israel proibia tudo o que achasse conveniente de entrar em Gaza.
A Organização das Nações Unidas (ONU) elogiou o plano para liberalizar o comércio na Faixa de Gaza, mas pediu a Israel que suspendesse a proibição da exportação de produtos palestinos, a fim de melhorar a economia do território.
A Casa Branca também saudou a medida.
"Acreditamos que a lista ... fará uma melhoria significativa nas vidas das pessoas em Gaza, ao mesmo tempo em que mantém armas fora das mãos do Hamas", disse o porta-voz Tommy Vietor.
"Este é um passo importante na implementação da nova política anunciada por Israel há duas semanas. O presidente (Obama) espera discutir isso com o primeiro-ministro amanhã."
O general israelense Eitan Dangot disse que a nova lista inclui mais de 3.000 materiais que Israel teme que possam ser usados por militantes do Hamas ou de outros grupos para a produção de armas ou para a reconstrução de fábricas militares destruídas nas três semanas de ofensiva do Estado judeu contra o território em dezembro de 2008.
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