O Serviço de Prisões de Israel deve publicar até domingo a lista de presos palestinos que serão libertados em troca do soldado israelense Gilad Shalit, em acordo feito com o movimento islâmico Hamas.
A rádio pública israelense informou que a lista será divulgada nesta quarta-feira e que o ministro de Segurança Interior de Israel, Izthak Aharonovich, se reuniu com o chefe da Polícia e Serviço de Prisões nesta manhã para elaborar as instruções necessárias.
Logo depois, uma segunda reunião foi realizada pelos mesmos funcionários e outros do serviço secreto interior Shabak, do Ministério da Justiça, Forças Armadas e mais alguns ministérios relevantes, a fim de discutir sobre o processo jurídico que permitirá a libertação dos presos palestinos.
Outros meios de comunicação divulgaram que domingo será a data limite para a divulgação da lista, depois que o presidente israelense, Shimon Peres, assinar as autorizações necessárias.
A publicação da relação completa dos presos que serão libertados em troca de Shalit é uma peça fundamental para conhecer o alcance das concessões feitas pelas duas partes para alcançar um acordo.
O Hamas havia informado na noite de terça-feira que, entre os presos libertados, estariam os palestinos conhecidos como Marwan Barghouti e Ahmed Saadat, fato que foi negado nesta quarta-feira por diversos meios de comunicação.
Segundo o jornal "Yedioth Aharanot", também não serão libertados o chefe do braço armado do Hamas na Cisjordânia, Ibrahim Ahmed, nem Abbas Sayed, que cumpre 31 penas de prisão perpétua pelo mais sangrento atentado da Intifada de Al-Aqsa, cometido em 2002 contra o Hotel Park da cidade de Netanya, durante o tradicional jantar da festa do Pesah.
A mesma fonte afirmou que o presidente israelense, Shimon Peres, deve receber a lista de presos no sábado à noite para assinar as autorizações. Por isso, a imprensa considera domingo como data limite para a publicação da relação de nomes.
Depois de assinada, a cidadania israelense terá 48 horas para apresentar recurso ao Tribunal Supremo, e só depois que os juízes derem seu aval, o governo de Benjamin Netanyhau poderá libertar os palestinos.
A troca inclui duas fases de aplicação. A primeira é a libertação de 450 presos condenados por crimes de terrorismo e contra a segurança do Estado, que precederá à do israelense Shalit.
Dois meses depois, em um "gesto ao governo egípcio", como descreve a mídia local, Israel deve libertar outros 550 condenados por crimes menores. O Egito foi, junto à Alemanha, o principal mediador em um acordo que põe fim a vários anos de negociações.
Shalit foi capturado em 25 de junho de 2006, com 19 anos, enquanto cumpria o serviço militar obrigatório e fazia uma ronda na fronteira com a Faixa de Gaza
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