A Esplanada das Mesquitas reabriu ontem em Jerusalém, principal dia de oração da semana para os muçulmanos, depois de ter sido fechada na última quinta-feira depois de conflitos constantes em Jerusalém Oriental, anexada e ocupada por Israel.
A cidade amanheceu calma após uma noite de incidentes esporádicos entre jovens palestinos, colonos judeus e efetivos da polícia nos bairros do leste da capital, como Suafat, Beit Hanina e Abu Tor.
Também houve enfrentamentos em uma das ruas que levam à Esplanada das Mesquitas, dentro do bairro árabe da Cidade Velha, onde um palestino foi detido e outro ficou levemente ferido.
Ontem, Israel decidiu reabrir a Esplanada das Mesquitas, mantendo, contudo, uma proibição de acesso a homens com menos de 50 anos, informou uma porta-voz da polícia israelense, Luba Samri. A polícia de Israel frequentemente limita o acesso a muçulmanos maiores de 40 ou 50 anos quando teme possíveis confrontos no local.
A tensão aumentou na quinta-feira depois da tentativa de assassinato do rabino Yehuda Glick, um importante ativista judeu da direita, que luta para mudar o status da Esplanada e reabri-la para as orações judaicas.
Embora o local seja sagrado para o judaísmo e para o islamismo, o governo não permite orações de judeus no local para evitar conflitos. Glick, que está internado em estado grave, foi baleado por um palestino este foi morto a tiros pela polícia israelense horas depois.
Sagrado
A Esplanada das Mesquitas, chamada de Monte do Templo pelos judeus, que abriga a mesquita de Al-Aqsa, é o terceiro lugar mais sagrado do islã. Também é um local sagrado do judaísmo, por ter abrigado o Segundo Templo, destruído pelos romanos. Os judeus são autorizados a entrar no complexo, mas não podem rezar ali. O local é administrado pela Jordânia.