O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o ministro das Relações Exteriores, Eli Cohen, disseram nesta quarta-feira (13) que o país continuará sua ofensiva na Faixa de Gaza, em resposta aos ataques terroristas do Hamas de 7 de outubro, mesmo que não tenha apoio da comunidade internacional.
“Continuaremos até o fim. Não há absolutamente nenhuma dúvida. Digo isso diante da pressão internacional. Nada nos deterá, iremos até o fim, até a vitória, até a destruição do Hamas”, disse Netanyahu. Cohen fez declarações no mesmo sentido.
“Israel continuará a guerra contra o Hamas com ou sem apoio internacional”, afirmou o ministro. “Um cessar-fogo na fase atual seria um presente para a organização terrorista Hamas e lhe permitiria regressar e ameaçar os moradores de Israel.”
Segundo os últimos números do Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas, 18.608 pessoas morreram e 50.594 ficaram feridas no enclave desde o início da guerra, mas Israel e os Estados Unidos contestam esses números.
As declarações de Netanyahu e Cohen parecem ser uma resposta ao presidente americano, Joe Biden, que nesta semana disse que o atual governo de Israel é “o mais conservador da história” do país e que o premiê israelense “precisa mudar”.
“Eles [Israel] estão começando a perder apoio com os bombardeios indiscriminados que estão ocorrendo”, afirmou o presidente americano.
Na terça-feira (12), a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou uma resolução, proposta por países islâmicos, pedindo um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza. Foram 153 votos a favor, dez contrários (incluindo os de Estados Unidos, Israel e Paraguai) e 23 abstenções. Entretanto, a medida tem apenas o caráter de recomendação.
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