O Exército de Israel anunciou nesta quarta-feira (28) que resgatou no sul da Faixa de Gaza o corpo de um de seus soldados, raptado e assassinado pelo grupo terrorista Hamas durante o ataque de 7 de outubro do ano passado que desencadeou a guerra.
Em uma operação conjunta das forças especiais do Exército e dos serviços de inteligência, na madrugada desta quarta, “um soldado caído [morto], sequestrado em 7 de outubro e mantido como refém na Faixa de Gaza, foi resgatado e devolvido ao Estado de Israel”, indicou um comunicado militar. A família do soldado pediu que seu nome não fosse revelado.
“O coração de toda a nação está de luto pela terrível perda”, disse o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em um comunicado em que felicitou as forças armadas pelo resgate do soldado, “que caiu em uma batalha heroica em 7 de outubro enquanto defendia as comunidades do Negev Ocidental”.
O mandatário reiterou que continuará fazendo “todos os esforços possíveis” para recuperar os cem reféns ainda mantidos em cativeiro em Gaza, dos quais cerca de 30 perderam a vida.
Por sua vez, o ministro da Defesa, Yoav Gallant, descreveu a operação como “ousada” e também prometeu continuar o resgate dos reféns.
O Hamas desencadeou a guerra com Israel após realizar um ataque em 7 de outubro que incluiu o lançamento de cerca de 3 mil foguetes e a infiltração de cerca de mil terroristas que mataram cerca de 1,2 mil pessoas e sequestraram outras 251.
Cerca de 360 soldados israelenses foram mortos em combates que eclodiram em solo israelense contra terroristas naquele dia e nos dias seguintes, bem como cerca de 60 policiais.
Além disso, nos quase 11 meses que já dura a guerra, outros 342 soldados foram mortos na Faixa de Gaza e ao menos 1,5 mil ficaram feridos.
Ontem, o Exército resgatou com vida Kaid Farhan al Qadi, de 52 anos, que foi capturado pelo Hamas em 7 de outubro. Após uma breve estadia no hospital, ele está em casa com sua família.
À medida que se aproxima a data do primeiro aniversário da guerra, familiares de reféns e alguns que conseguiram sair vivos da Faixa assinaram hoje uma carta na qual exigem que seus nomes não sejam divulgados na cerimônia organizada pelo Estado, considerando que o governo faz um uso “cínico” dos nomes das vítimas, “a quem abandonou”.
As negociações para um novo cessar-fogo estão paralisadas em meio a acusações entre Netanyahu e o Hamas sobre “alterações” introduzidas na proposta original apresentada pelos Estados Unidos em maio.