Palestinos rezam enquanto polícia israelense se posiciona em Jerusalém| Foto: REUTERS/Ammar Awad

Jerusalém Oriental e a esplanada das mesquitas estão fechadas nesta sexta-feira aos palestinos com menos de 50 anos. Essa é uma das medidas extra tomadas pelas forças de segurança de Israel, que mobilizaram 22 mil agentes e elevaram o nível de alerta especial para 3C - apenas um abaixo do máximo - horas antes do discurso do presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, na Assembleia-Geral da ONU.

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Por enquanto, apenas pequenos incidentes foram registrados e a tensão não provocou confrontos, mas a preocupação maior é com o fim da tarde, quando por volta das 19h (14h no horário de Brasília) Abbas deve apresentar o pedido de reconhecimento do Estado palestino nas Nações Unidas, em Nova York. Pouco depois, será o discurso do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

O ministro de Segurança Pública israelense, Yitzhak Aharonovitch, percorreu Jerusalém e disse que a polícia na cidade "está preparada para qualquer possível cenário". "As próximas horas até Abbas e Netanyahu fazerem seus discursos serão muito tensas", afirmou Aharonovitch ao jornal "Jerusalem Post".

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O movimento islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza, declarou nesta sexta "um dia de fúria", mas Israel acredita que o grupo não tem infraestrutura suficiente para provocar distúrbios na Cisjordânia. Uma das maiores preocupações das Forças de Defesa de Israel é com possíveis ataques de colonos israelenses. "Estamos em contato com rabinos e lideranças", disse um autoridade israelense ao jornal "Haaretz".

O nível de alerta vai continuar elevado pelo menos até a manhã de sábado. As forças israelenses posicionaram cinco batalhões extra do Exército na Cisjordânia. Se houver uma explosão de violência, 13 outros batalhões, compostos na maioria por oficiais da reserva, estão a postos. Mas Israel acredita que a ANP tentará impedir que manifestantes cheguem a áreas sob controle israelense.

As Forças de Segurança de Israel chegaram a tentar monitorar as redes sociais, como o Facebook e o Twitter, na tentativa de evitar a organização de manifestações, mas desistiram depois de constatar que muitas das ações convocadas na web não chegam a acontecer.

Todas as folgas de policiais já haviam sido canceladas ao longo de todo o mês de setembro e, na preparação para esta sexta, a polícia realizou grandes ensaios para responder a possíveis protestos.

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