Bombardeio israelense contra supostas instalações do Hamas, na Faixa de Gaza: mais civis mortos no terceiro dia de ataques| Foto: Baz Ratner/Reuters
Soldados israelenses estendem uma bandeira do país na antena de um dos tanques que estão posicionados próximo da Faixa de Gaza
Coluna de fumaça após bombardeio na Faixa de Gaza. Os ataques de Israel continuam nesta segunda-feira
Palestinos checam prédio do Hamas destruído após ataque aéreo, em Gaza
Palestino da Cisjordânia atira pedra contra soldados israelenses: árabes de toda a região se manifestaram contra Israel
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Israel rejeitou na terça-feira qualquer possibilidade de trégua com o Hamas na Faixa de Gaza antes que cessem os disparos de foguetes na região de fronteira. O país diz que seus ataques aéreos, os mais violentos em décadas, anunciam "longas semanas de ação militar".

Forças terrestres israelenses concentravam-se na fronteira do enclave costeiro para uma possível invasão, enquanto caças israelenses seguiam no quarto dia de ataques contra alvos do Hamas, matando 12 palestinos. Entre as vítimas, há duas irmãs de 10 e 12 anos.

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Autoridades médicas informam que o total de mortos chegou a 348 desde que Israel deu início aos ataques, no sábado. Há mais de 800 pessoas feridas. Uma agência da Organização das Nações Unidas disse que ao menos 62 dos mortos eram civis.

Três civis israelenses e um soldado foram mortos por foguetes palestinos desde o início dos ataques aéreos.

Os mais recentes ataques israelenses ocorreram horas depois de foguetes lançados por militantes de Gaza matarem um soldado de Israel perto da fronteira com Gaza e um civil na cidade de Ashdod.

A imprensa israelense citou o primeiro-ministro Ehud Olmert dizendo ao presidente Shimon Peres que a operação em Gaza está "no primeiro de vários estágios".

A seis semanas de uma eleição, para a qual as pesquisas sugerem que o partido Likud, de direita, é o favorito, o governo de centro diz que os ataques visam colocar um fim aos ataques com foguetes.

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A Organização das Nações Unidas pediu uma trégua imediata. O ministro do Interior israelense, Meir Sheetrit, no entanto, disse que "não há espaço para um cessar-fogo" com o Hamas antes que a ameaça dos disparos de foguetes seja removida.

"O Exército israelense não deve parar a operação antes de acabar com a determinação dos palestinos, do Hamas, de continuar a disparar contra Israel", afirmou ele à Rádio Israel.

Os militares israelenses "prepararam-se para longas semanas de ação", acrescentou Matan Vilnai, vice-ministro da Defesa.

O porta-voz do Hamas Fawzi Barhoum pediu que grupos palestinos respondam usando "todos os meios disponíveis" contra Israel, incluindo "operações de martírio", significando atentados suicidas.

O Hamas tomou o poder da facção Fatah, do presidente palestino, Mahmoud Abbas, na Faixa de Gaza em combates em junho de 2007. O grupo rejeitou exigências internacionais para reconhecer Israel, renunciar à violência e aceitar acordos interinos de paz já existentes.

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Alvos em Gaza

Em Beit Hanoun, no norte da Faixa de Gaza, duas irmãs foram mortas em um ataque aéreo enquanto levavam o lixo nas proximidades de sua casa, disseram fontes médicas. Ataques de foguetes têm sido lançados a partir daquela área.

Mais tarde, um segurança foi morto em um ataque contra um quartel-general em Khan Yunis e mísseis israelenses destruíram cinco edifícios ministeriais e uma estrutura pertencente à Universidade Islâmica, na cidade de Gaza.

Uma aeronave israelense disparou mísseis contra a casa de um comandante do Hamas. Ele não estava em casa. Outro ataque teve como alvo escritórios do grupo militante Comitês para Resistência Popular.

A maioria dos moradores do território de 1,5 milhão de habitantes, um dos mais densamente povoados da Terra, permaneceu em casa, em cômodos longe das janelas que podem se quebrar com os ataques aéreos contra edifícios do Hamas.

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