Israel repatriou no ano passado pelo menos mil refugiados sudaneses sem informar a ONU, em uma operação secreta que envolveu um terceiro país, denunciou o jornal Haretz nesta terça-feira (26).

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Os refugiados foram levados para o Sudão, um país em estado de guerra com Israel e que no passado fez ameaças a qualquer cidadão que tenha pisado em território israelense.

Uma fonte oficial disse ao jornal que Israel pagou as passagens dos sudaneses e sem revelar a procedência dos refugiados os enviou para seu país de origem por meio de uma escala.

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Uma parte dos repatriados se encontrava em prisões israelenses pela entrada ilegal no país, de acordo com uma nova lei aprovada em junho de 2012, segundo a qual as autoridades podem deter qualquer imigrante sem documentos.

A lei provocou uma grande polêmica, porque com ela Israel evita conceder status de refugiados a muitos imigrantes da África Subsaaariana que faziam esse pedido após sua chegada pela fronteira com o Egito.

Segundo a ONU, a repatriação de prisioneiros não é considerada um ato voluntário e a agência para os refugiados do organismo, a Acnur, advertiu Israel em 2008 de que esta ação significa "um grave prejuízo ao acordo" assinado pelo país com a agência das Nações Unidas, que prevê não devolver os imigrantes caso suas vidas e liberdades corram perigo.