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O ministro da Defesa de Israel, Shaul Mofaz, decidiu nesta segunda-feira suspender os contatos na área de segurança com a Autoridade Nacional Palestina depois da morte no domingo, na Cisjordânia, de três colonos israelenses em um ataque palestino, informaram fontes militares. Um radical islâmico também morreu no incidente. Mofaz tomou essa decisão em uma reunião com os chefes das forças israelenses de segurança. Foi o ataque contra israelenses mais violento em meses.

O principal negociador palestino, Saeb Erekat, disse que a suspensão vale também para os contatos diplomáticos. A chancelaria israelense negou.

- É muito lamentável (a decisão de Israel), porque não deveríamos permitir que tais incidentes detivessem e prejudicassem o processo de paz - disse Erekat.

Mofaz ordenou o fechamento dos territórios palestinos e o cerco às cidades de Hebron e Belém, no Sul da Cisjordânia. O ministro proibiu que a população palestina viaje em veículos particulares pelas principais estradas da Cisjordânia e restringiu seu movimento especialmente na estrada 60, que atravessa esse território de norte a sul, em particular no trecho entre Jerusalém e Hebron.

As forças de segurança vão erguer de novo os postos de controle que haviam desmantelado na Cisjordânia e aumentarão a proteção às principais estações de transporte nesse território.

O primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, que se encontra em sua residência particular no deserto de Neguev, no Sul de Israel, falou na noite de domingo por telefone com os dirigentes da forças de segurança sobre a resposta ao ataque contra os três israelenses, um deles de 15 anos, em que outros cinco ficaram feridos.

O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, disse nesta segunda-feira estar confiante de que Israel vá retomar em breve os contatos na área de segurança.

- Temos certeza de que elas (as relações e os contatos com os israelenses) serão retomados muito rapidamente, porque há muitas coisas que têm de ser discutidas - disse Abbas, antes de uma reunião em Paris com o presidente da França, Jacques Chirac. - Lamentamos o que aconteceu ontem (domingo). Essas coisas minam a trégua que estávamos respeitando - acrescentou.

Abbas pretende levar adiante sua reunião com o mandatário americano, George W. Bush, nesta semana, segundo um assessor. O objetivo do encontro é ressuscitar o plano de paz liderado por Washington para o Oriente Médio.

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