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Oriente Médio

Israel responde a ataques dos houthis no Iêmen após ameaças de Netanyahu

Apoiadores Houthis passam por um outdoor digital com um homem acenando uma bandeira palestina durante um protesto anti-EUA e anti-Israel em Sana'a, Iêmen, 15 de novembro de 2024.
Apoiadores Houthis passam por um outdoor digital com um homem acenando uma bandeira palestina durante um protesto anti-EUA e anti-Israel em Sana"a, Iêmen, 15 de novembro (Foto: EFE/YAHYA ARHAB)

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Israel bombardeou a costa oeste do Iêmen e áreas do interior nesta quinta-feira (26), incluindo alvos como o aeroporto de Sanaa, em resposta ao lançamento de mísseis balísticos e drones em território israelense pelos rebeldes houthis, anunciaram os militares.

Aeronaves israelenses lançaram um ataque "baseado em inteligência" contra a infraestrutura houthi no aeroporto de Sanaa, as usinas elétricas de Hezyaz e Ras Kanatib e outras posições nos portos da costa oeste de Hodeida, Salif e Ras Kanatib, de acordo com um comunicado militar.

"Após a aprovação dos planos de ação pelo chefe do Estado-Maior, pelo ministro da Defesa e pelo primeiro-ministro, os caças da Força Aérea realizaram ataques baseados em informações de inteligência contra alvos militares do regime terrorista houthi", anunciaram as Forças de Defesa de Israel (FDI) cerca de uma hora após os primeiros relatos do ataque.

Israel afirma que esses alvos foram usados pelos houthis para contrabandear armas iranianas para a região e serviu como uma porta de entrada para autoridades do regime iraniano.

"Esse é mais um exemplo dos houthis explorando a infraestrutura civil para atingir objetivos militares", acrescentaram as FDI.

Israel acusou o grupo terrorista iemenita de contar com financiamento iraniano e agir como agente da República Islâmica, atacando navios internacionais no mar Arábico, no mar Vermelho e no estreito de Bab al-Mandab para desestabilizar a região.

"As forças armadas não hesitarão em agir a qualquer distância contra qualquer ameaça ao Estado de Israel e seus cidadãos", disseram os militares.

Com o ataque, Israel afirma estar respondendo aos houthis, que "atacaram repetidamente o Estado de Israel e seus cidadãos, incluindo ataques com drones e mísseis terra-terra".

Na tarde desta quarta-feira (25), um drone houthi aterrissou em um espaço aberto no território israelense sem causar vítimas, enquanto na madrugada os sistemas de defesa aérea interceptaram um míssil que se dirigia ao centro do país.

À noite, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu advertiu novamente o grupo iemenita: "Os houthis também aprenderão o que o Hamas, o Hezbollah, o regime de (Bashar) al-Assad e outros aprenderam, e isso também levará tempo. Essa lição será aprendida em todo o Oriente Médio".

Na madrugada de 21 de dezembro, um míssil do Iêmen atingiu um parque infantil no meio de uma área residencial de Tel Aviv.

Após esses ataques, o ministro das Relações Exteriores, Gideon Saar, instruiu as missões diplomáticas do país na Europa a pressionar os Estados a designar os houthis como uma "organização terrorista".

Em 17 de janeiro, os EUA anunciaram que estavam novamente designando o grupo rebelde do Iêmen como uma organização terrorista, algo que Donald Trump fez durante seu primeiro governo e que posteriormente foi revertido pelo governo de Joe Biden.

Os rebeldes houthis, assim como a organização terrorista xiita libanesa Hezbollah, iniciaram sua campanha de disparo de foguetes contra Israel após a guerra de 14 meses na Faixa de Gaza, relatando rotineiramente seus ataques como um ato de "apoio ao povo palestino".

Segundo os rebeldes iemenitas, ao menos quatro pessoas foram mortas e 21 ficaram feridas nos ataques.

Conteúdo editado por: Isabella de Paula

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