Tanques israelenses se retiraram ontem das áreas da Faixa de Gaza ocupadas na sexta-feira, dia 26. Dois soldados israelenses e dois militantes palestinos morreram no confronto. Autoridades israelenses negaram a versão palestina de que teria havido um tiroteio e afirmaram que seus dois soldados mortos um oficial e um soldado raso teriam sido vítimas de uma bomba.
Foi o choque mais grave na Faixa de Gaza em 14 meses, quando terminou uma ofensiva israelense que deixou 1.400 palestinos mortos, em sua maioria civis, e 13 israelenses.
As brigadas Ezzedine al-Qassam, braço armado do Hamas, reivindicaram a autoria da ação contra os soldados israelenses. Em comunicado, o grupo disse ter agido contra "uma unidade de elite sionista" que teria invadido Khan Yunis. As Brigadas de Al-Quds, ala armada do grupo Jihad Islâmica, também disseram ter participado da ação.
A número 1 da diplomacia europeia, Catherine Ashton, declarou estar "extremamente preocupada" com a escalada da violência. No início da semana, Catherine visitou Gaza e condenou o bloqueio imposto ao território por Israel e Egito.
A operação israelense ocorreu momentos após o primeiro-ministro de Israel, Binyamin "Bibi" Netanyahu, participar de uma reunião com seu gabinete de segurança para tentar reduzir a tensão com os EUA.
A nova espiral de violência coincide com a baixa expectativa de que haja uma rápida retomada das negociações de paz, devido à negativa do governo de Israel em frear a construção de assentamentos judaicos no leste de Israel.