O Exército israelense alegou, neste domingo, que o grupo terrorista islâmico Hamas utiliza dois hospitais em Gaza como cobertura “para sua infraestrutura terrorista”.
A declaração foi dada pelo principal porta-voz militar de Israel, o contra-almirante Daniel Hagari, em uma entrevista coletiva na qual mostrou imagens, áudios e vídeos que comprovam a estratégia terrorista de usar hospitais e outras instalações civis como abrigo.
Em uma postagem no X, antigo Twitter, o porta-voz internacional das Forças de Defesa de Israel (IDF), o tenente-coronel Richard Hecht, afirmou que a instituição havia “acabado de anunciar evidências que mostram como o Hamas se esconde atrás de hospitais, força moradores a entrarem na linha de fogo e muito mais”.
A publicação ainda reproduziu uma fala de Hagari que na qual afirma que as forças israelenses não aceitarão “o uso cínico de hospitais pelo Hamas para esconder a sua infraestrutura terrorista.”
Durante a coletiva, Hagari revelou que tanto o Hospital Indonésio, quanto uma instalação hospitalar financiada pelo governo do Catar são usados para impulsionar atividades terroristas do Hamas.
De acordo com o porta-voz, os dois centros médicos fazem parte da infraestrutura subterrânea do grupo. Durante a ofensiva terrestre, soldados israelenses descobriram uma abertura para um túnel utilizado por terroristas no hospital do Catar. “Os terroristas dispararam contra nossos soldados de dentro do hospital”, afirmou Hagari.
Ele ainda explicou que o Hamas construiu o Hospital Indonésio há anos como esconderijo para um centro de comando entre as cidades de Beit Hanoun e Jabalia, no norte de Gaza. A região atualmente é um dos alvos da ofensiva terrestre de Israel, que teve início no dia 27 de outubro.
“O hospital foi construído em 2010 e o Hamas o ergueu em cima de sua infraestrutura terrorista (...) usada exclusivamente para suas atividades terroristas clandestinas”.
Além dos túneis, o exército de Israel também identificou pontos de lançamento de projéteis e foguetes ligados à estrutura subterrânea. As bases se encontram a poucos metros de distância do centro médico Al Shifa, na cidade de Gaza, o principal hospital da região, sob o qual o Hamas manteria um quartel-general.
"Esta é uma imagem de satélite do complexo hospitalar tirada após o massacre de 7 de outubro. Vou ampliar a área aqui, ok? Do outro lado da rua, a apenas 75 metros - 80 metros do hospital", disse Hagari ao mostrar o local de lançamento de foguetes do grupo terrorista.
Dados da inteligência israelense indicam que, durante o conflito, o grupo terrorista já lançou cerca de 800 foguetes que caíram dentro do território de Gaza causando diversas mortes de palestinos.
Como parte de suas atividades ao norte da região, o exército israelense teria apreendido uma grande quantidade de armas do grupo terrorista em uma residência, incluindo “fuzis AK-47, submetralhadoras, cartuchos, granadas, artefatos explosivos, drones suicidas e projéteis".
Hagari afirmou que o Hamas usa a população civil de Gaza como escudo humano e que o grupo islâmico “é fraco sem os escudos humanos”. “O Hamas coloca armas debaixo de escolas, mesquitas, casas”, disse o porta-voz.