Beirute O governo de Israel suspendeu ontem o bloqueio aéreo imposto ao Líbano durante dois meses, mas decidiu manter o cerco marítimo ao país. As forças israelenses continuam também no sul do Líbano, perto da fronteira com Israel. Além disso, monitoram a fronteira do Líbano com a Síria, quatro semanas após a suspensão da guerra contra o Hezbollah.
A continuidade do bloqueio marítimo foi uma mudança de última hora, decidida um dia depois de Israel anunciar que iria suspender totalmente o bloqueio tanto por ar quanto por mar.
Segundo autoridades israelenses, o cerco naval irá prosseguir até que a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil) possa assumir o controle marítimo e garantir que carregamentos de armas contrabandeadas não cheguem até o Hezbollah por meio dos portos libaneses.
Quatro minutos após o fim do bloqueio aéreo que ocorreu às 18h (12h de Brasília) , um vôo comercial da companhia Middle East Airlines sobrevoou o centro de Beirute para sinalizar o fim do cerco. O avião, que vinha de Paris, aterrissou em seguida no aeroporto de Beirute.
O fim do cerco aéreo foi comemorado pelos libaneses. Segundo empresários, o bloqueio custou cerca de US$ 50 milhões por dia para o Líbano, que importa quase todos os artigos.
O país ainda tenta reunir recursos para reconstruir as regiões atacadas por Israel, incluindo o próprio aeroporto internacional de Beirute. Os confrontos entre Israel e o Hezbollah deixou cerca de 1,3 mil mortos, a maioria no Líbano.