O governo de Israel suspendeu as exportações de material de segurança para a Colômbia em resposta às “declarações hostis e antissemitas” do presidente colombiano, Gustavo Petro, segundo anunciou neste domingo (15) o Ministério das Relações Exteriores israelense.
A decisão foi tomada depois de a chancelaria israelense telefonar à embaixadora colombiana em Israel, Margarita Manjarrez, para manifestar seu repúdio às manifestações de Petro nas redes sociais em que mostra seu claro apoio à causa Palestina sem uma condenação explícita ao assassinato e sequestro de centenas de civis israelenses pelo Hamas.
“Na reunião foi deixado claro para a embaixadora que as declarações foram recebidas em Israel com espanto diante do ataque selvagem dos terroristas do Hamas que assassinaram mais de 1300 israelenses e raptaram mais de 150”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Lior Haiat.
“Israel condena as declarações do presidente que refletem um apoio às atrocidades cometidas pelos terroristas do Hamas, alimentam o antissemitismo, afetam os representantes do Estado de Israel e ameaçam a paz da comunidade judaica na Colômbia”, acrescentou o diplomata. “Em resposta, como primeira medida, Israel decidiu interromper as exportações de segurança para a Colômbia”, completou Haiat.
Logo após o posicionamento do governo israelense, o presidente colombiano ameaçou suspender as relações diplomáticas com o país. "Se tivermos de suspender as relações exteriores com Israel, nós as suspenderemos. Não apoiamos genocídios", escreveu Petro na rede social X.
Colômbia e Israel estabeleceram relações diplomáticas em 1957 e, além de serem aliados em termos de segurança devido aos conflitos que ambos os países vivem, fortaleceram sua relação com um acordo de livre comércio, em vigor desde agosto de 2020, enquanto o reconhecimento da Palestina como Estado soberano é mais recente, de agosto de 2018. Os dois países têm uma estreita cooperação em questões de segurança e o Estado judeu é um importante fornecedor de material militar para a Colômbia, incluindo aviões de combate, fuzis e suprimentos.
No entanto, a posição de Petro, que desde o início da guerra manteve um confronto verbal com a comunidade judaica internacional, e até comparou a situação em Gaza com o campo de concentração de Auschwitz na Segunda Guerra Mundial, causou uma crise na relação bilateral.
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