Jerusalém (AE/AP) – O primeiro-ministro em exercício de Israel, Ehud Olmert, planeja nova retirada de assentamentos da Cisjordânia ocupada, imediatamente após a composição do próximo governo israelense, e quer definir as fronteiras do país nos próximos quatro anos. A informação foi divulgada ontem pelos aliados políticos do governo.

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A definição das fronteiras israelenses é o principal item da plataforma do partido Kadima – ao qual pertence Olmert –, que está em vantagem na corrida para as eleições de 28 de março. O primeiro-ministro deu sinais de que, se os esforços de negociação falharem, ele irá recuar as fronteiras unilateralmente, como Ariel Sharon começou a fazer retirando todos os assentamentos judaicos da Faixa de Gaza e quatro menores da Cisjordânia.

Os planos do Kadima ficaram mais claros: com a chegada do Hamas à Autoridade Palestina, Israel vai retirar outros assentamentos da Cisjordânia, mas manterá forças militares nas áreas evacuadas, disse Avi Dichter, um dos líderes do partido, à Rádio de Israel. "Será uma retirada civil, não uma retirada militar." Ele confirmou a intenção de definir fronteiras em quatro anos.

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"Na ausência de uma contrapartida palestina, Israel terá que determinar as fronteiras por conta própria e isso envolveria a consolidação de assentamentos menores em blocos maiores", disse Dichter.

Palestinos denunciaram o plano de Olmert. "Isto é mais um sinal da política de Israel, que ignora a existência do povo palestino", disse Salah Bardawil, legislador e porta-voz da facção parlamentar do Hamas. Para o Hamas, a comunidade internacional está colaborando para o plano unilateral, ao enviar mantimentos para Gaza, e ajudando a fazer com que a população palestina se conforme em sua condição política.